sexta-feira, 22 de novembro de 2013
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
A EMOÇÃO DE INVESTIR NO REAL
Quando em visita a Cabo Frio, litoral do Rio de Janeiro, sorvi da brisa vinda do mar – Praia do Forte.
Ouvi por duas vezes, que não há no Brasil praia mais linda.
A primeira afirmativa se deu através de um taxista, quando nos conduzia ao Teatro Municipal, daquela linda cidade; a segunda declaração, bastante apaixonada, foi através de D. Gilma... Ah! D. Gilma, ou simplesmente Gilma, conforme me intimou a chamá-la.
Eu estava acompanhada por meu esposo, o sol quente nos conduziu a buscar à sombra de um guarda-sol, no quiosque da D. Gilma, que de bom grado assentou-se ao nosso lado, dando início a uma longa e interessante conversa, enquanto bebíamos uma doce água de coco.
Percebendo pelo nosso sotaque que éramos de fora, indagou:
– De onde vocês são?
– De Recife, somos pernambucanos! Respondi.
Com um sorriso falou: – Morei lá! O meu esposo trabalhou por longo tempo na SANBRA. Morávamos na Praia “ Piedade”, orla marítima, vizinha a Praia de Boa Viagem.
Surgiram então, lembranças, observações, sobre a nossa terra e comparações, entre Recife e Cabo Frio; algumas felizes e outras, nem tanto!
Gilma, professora aposentada, formada em Letras: Inglês, francês e alemão, com uma família grande, mulher esforçada, que renunciou parte de sua vida para cuidar de sua mãe doente, falecida há dois anos atrás, usufruía do mar da Praia do Forte e do aconchego familiar.
O agradável quiosque pertencente a uma de suas irmãs, lhe faz bem – conhecer gente e conversar é uma eficaz terapia.
Nos dias atuais, quase não existe aproximação entre às pessoas do mundo real... Quase não há diálogos; desejo de se fazer amizades. Os estranhos continuam sendo, e, os conhecidos ou parentes, ficam distanciados, pouco interagem.
Tenho observado a multidão, nos aeroportos, rodoviárias, e outros locais públicos – a observância é para poucos –, pessoas com olhos fixos em seus celulares, e/ou computadores, digitam freneticamente às minúsculas teclas dos seus aparelhos; sentam-se e levantam-se sem olhar do lado, alheias ao próximo; nos aviões e outros meios de transporte, idem! Entretanto, interagem animadas com o desconhecido, e, abrem os seus corações aos chamados “amigos virtuais".
É impressionante a quantidade de pessoas viciadas no virtual – quando viajo busco interagir, conhecer pessoas, observar às paisagens; o mundo é lindo; pessoas nos dão lições de vida; enriquecemos, através de simples observância, minúcias e situações ínfimas, do ser humano, que tendem a acrescentar às experiências de vida.
Voltemos a Gilma.
Comoveu-me o seu depoimento sobre a sua vida de educadora, ou melhor, de alfabetizadora de adultos. Experiências grandiosas, comoventes e reconfortantes. Frente a frente, ouvindo e sentindo a sua emoção, no relato dos fatos relevantes, daquela época observava, e, via nos seus olhos cansados, lágrimas contidas a muito custo, diante das lembranças. Eu perderia tudo isso, se estivesse mergulhada no virtual (...) Toda falta de moderação conduz o homem à degeneração(...).
Gilma contou sobre um senhor que ansiava por aprender a ler e escrever; de sua emoção em pensar que alcançaria o seu ideal; perguntou ao seu ansioso aluno:
– Você quer? E, repetiu: – Você quer?
– Ah! Professora... Nem sei o que fazer com a senhora, no dia que eu ler e escrever... Respondeu aquele senhor. Em pouco tempo aprendeu a ler e escrever.
– Jamais me senti tão alegre, tão gratificada, por mais dinheiro que eu pudesse ter ganho, nenhuma profissão teria me completado mais!... Falou-me a apaixonada professora.
Senti ter que por fim àquele diálogo... Os compromissos literários me esperavam...
Saí de Cabo Frio, mais rica... Diante disso, afirmo conscientemente: Nenhum invento suplanta a criação maior de Deus – O homem!
Vale a pena investir em conhecê-lo.
Licença Creative Commons O trabalho A emoção de investir no real de EstherRogessi foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
A primeira afirmativa se deu através de um taxista, quando nos conduzia ao Teatro Municipal, daquela linda cidade; a segunda declaração, bastante apaixonada, foi através de D. Gilma... Ah! D. Gilma, ou simplesmente Gilma, conforme me intimou a chamá-la.
Eu estava acompanhada por meu esposo, o sol quente nos conduziu a buscar à sombra de um guarda-sol, no quiosque da D. Gilma, que de bom grado assentou-se ao nosso lado, dando início a uma longa e interessante conversa, enquanto bebíamos uma doce água de coco.
Percebendo pelo nosso sotaque que éramos de fora, indagou:
– De onde vocês são?
– De Recife, somos pernambucanos! Respondi.
Com um sorriso falou: – Morei lá! O meu esposo trabalhou por longo tempo na SANBRA. Morávamos na Praia “ Piedade”, orla marítima, vizinha a Praia de Boa Viagem.
Surgiram então, lembranças, observações, sobre a nossa terra e comparações, entre Recife e Cabo Frio; algumas felizes e outras, nem tanto!
Gilma, professora aposentada, formada em Letras: Inglês, francês e alemão, com uma família grande, mulher esforçada, que renunciou parte de sua vida para cuidar de sua mãe doente, falecida há dois anos atrás, usufruía do mar da Praia do Forte e do aconchego familiar.
O agradável quiosque pertencente a uma de suas irmãs, lhe faz bem – conhecer gente e conversar é uma eficaz terapia.
Nos dias atuais, quase não existe aproximação entre às pessoas do mundo real... Quase não há diálogos; desejo de se fazer amizades. Os estranhos continuam sendo, e, os conhecidos ou parentes, ficam distanciados, pouco interagem.
Tenho observado a multidão, nos aeroportos, rodoviárias, e outros locais públicos – a observância é para poucos –, pessoas com olhos fixos em seus celulares, e/ou computadores, digitam freneticamente às minúsculas teclas dos seus aparelhos; sentam-se e levantam-se sem olhar do lado, alheias ao próximo; nos aviões e outros meios de transporte, idem! Entretanto, interagem animadas com o desconhecido, e, abrem os seus corações aos chamados “amigos virtuais".
É impressionante a quantidade de pessoas viciadas no virtual – quando viajo busco interagir, conhecer pessoas, observar às paisagens; o mundo é lindo; pessoas nos dão lições de vida; enriquecemos, através de simples observância, minúcias e situações ínfimas, do ser humano, que tendem a acrescentar às experiências de vida.
Voltemos a Gilma.
Comoveu-me o seu depoimento sobre a sua vida de educadora, ou melhor, de alfabetizadora de adultos. Experiências grandiosas, comoventes e reconfortantes. Frente a frente, ouvindo e sentindo a sua emoção, no relato dos fatos relevantes, daquela época observava, e, via nos seus olhos cansados, lágrimas contidas a muito custo, diante das lembranças. Eu perderia tudo isso, se estivesse mergulhada no virtual (...) Toda falta de moderação conduz o homem à degeneração(...).
Gilma contou sobre um senhor que ansiava por aprender a ler e escrever; de sua emoção em pensar que alcançaria o seu ideal; perguntou ao seu ansioso aluno:
– Você quer? E, repetiu: – Você quer?
– Ah! Professora... Nem sei o que fazer com a senhora, no dia que eu ler e escrever... Respondeu aquele senhor. Em pouco tempo aprendeu a ler e escrever.
– Jamais me senti tão alegre, tão gratificada, por mais dinheiro que eu pudesse ter ganho, nenhuma profissão teria me completado mais!... Falou-me a apaixonada professora.
Senti ter que por fim àquele diálogo... Os compromissos literários me esperavam...
Saí de Cabo Frio, mais rica... Diante disso, afirmo conscientemente: Nenhum invento suplanta a criação maior de Deus – O homem!
Vale a pena investir em conhecê-lo.
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O CORDÃO DOS PUXA-SACOS
Dito popular: "Cada cabeça um mundo..." Ultimamente, cabeças ansiosas por ascensão jamais discordam dos que têm o poder de lhes conceder outorgas.
Comumente, o que tem o poder é o mundo dessas cabeças...
Recife,05/07/12 Licença Creative Commons O trabalho O CORDÃO DOS PUXA-SACOS de EstherRogessi foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
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Quem sou eu
- EstherRogessi
- Baronesa da Gothia Rogessi de A. Mendes (EstherRogessi). Pernambucana, outorgada com Título Nobiliárquico - Alta Insígnia BARONESA DA GOTHIA da Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente, DAMA COMENDADORA da Real Ordem dos Cavaleiros e Damas Rei Ramiro de Leão. Comendadora pelo CONINTER ARTES.. Escritora UBE/SP; Embaixadora da Paz (FEBACLA); Artista plástica, Membro Correspondente de várias Academias de Letras e Artes Nacionais e Internacionais. Consulesa e Comendadora. Tem escritos publicados em Antologias e Revistas Virtuais, no Brasil e exterior. Publicou o seu primeiro livro solo, pela Editora Literarte intitulado "Conflitos de uma alma" Romance ISBN 978-8-5835200-8-5 EstherRogessi recebeu várias premiações nacionais e internacionais.
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