domingo, 29 de agosto de 2010

A POESIA E SUAS NUANÇAS

BREVE HISTÓRICO

Tem-se conhecimento de que a “História da Poesia no Brasil” tenha sido iniciada através dos jesuítas especificamente, através de José de Anchieta. Em tempos passados. Nos grupos escolares, aprendíamos que o catequisador, evangelizador e mestre José de Anchieta, ensinava aos índios escrevendo na areia. Dessa mesma forma ele escrevia versos à Virgem, no primeiro século da colonização do Brasil - século XVI. Porém, com o passar dos séculos, a poesia passou por várias escolas, até a época atual a qual chamamos de pós-modernismo – onde a produção poética ganhou liberdade, seguindo assim, o estilo de cada autor.

ESSA MUSA CHAMADA POESIA

É inconcebível a ideia de ser-se indiferente a ela...essa, musa é literalmente irresistível! Encanta e comove homens e mulheres, de todas as idades, credos, etnias..ninguém consegue resistir-lhe. Aos que desprezam-na por terem a concepção de ser “coisa de mulher,” abraçam-na em forma de música.., uma, é parte da outra..e, as duas juntas é poesia e/ou música.

Quem pode se manter indiferente a obra prima de Carlos Drumond de Andrade, que veio se fixar, na mente e na voz do povo brasileiro - tanto quanto do estrangeiro -, através da maravilhosa melodia, composta pelo compositor-cantor e poeta Paulo Diniz, quando a vestiu de gala, transformando-a quase que, em um hino da MPB intitulado: “ E AGORA JOSÉ?” UM dos mais belos exemplos de POESIA EXISTENCIAL.

E AGORA JOSÉ?
Composição: Carlos Drumond de Andrade
Melodia: Paulo Diniz

E agora, josé?
A festa acabou,
A luz apagou,
O povo sumiu,
A noite esfriou,
E agora, josé?
E agora, você?
Você que é sem nome,
Que zomba dos outros,
Você que faz versos,
Que ama, protesta?
E agora, josé?

Está sem mulher,
Está sem carinho,
Está sem discurso,
Já não pode beber,
Já não pode fumar,
Cuspir já não pode,
A noite esfriou,
O dia não veio,
O bonde não veio,
O riso não veio
Não veio a utopia
E tudo acabou
E tudo fugiu
E tudo mofou,
E agora, josé?

Sua doce palavra,
Seu instante de febre,
Sua gula e jejum,
Sua biblioteca,
Sua lavra de ouro,
Seu terno de vidro,
Sua incoerência,
Seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
Quer abrir a porta,
Não existe porta;
Quer morrer no mar,
Mas o mar secou;
Quer ir para minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
Se você gemesse,
Se você tocasse
A valsa vienense,
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro, josé!
Sozinho no escuro
Qual bicho-do-mato,
Sem teogonia,
Sem parede nua
Para se encostar,
Sem cavalo preto
Que fuja à galope,
Você marcha, josé!
José, para onde?
Você marcha José, José para onde?
Marcha José, José para onde?
José para onde?
Para onde?
E agora José?
José para onde?
E agora José?
Para onde?
A poesia anda de braços dados com a música que é a mais pura expressão poética. Segundo o ensaísta brasileiro Júlio Braga, a música é a expressão poética mais autêntica.

O QUE NOS ATRAI À POESIA?

Podemos dizer que - em parte - poesia são fantasias reveladas. O que nos impulsiona a viver são os sonhos, a fantasia. Tudo quanto se pode obter, nasce de um sonho, de fantasias que podem vir a se tornar concretização. É através dela – a fantasia – que vivemos o impossível ou, melhor, fazemos do impossível possível. Através da fantasia
temos a oportunidade de viajar metafisicamente falando. “vivenciar os nossos sonhos...” Os desejos contidos no nosso âmago.
Adentrando às portas da fantasia, por momentos, assumimos personagens; liberamos a nossa capacitação criadora / e, através dela, trazemos à tona os desejos escondidos em nós, no nosso fiel e eterno companheiro: o “outro eu...” O ser humano é um ser díspare por natureza. Em todos nós existe dualidade: o “eu revelado” e o “eu oculto.” Nesse eu oculto, no “eu fantasioso,” de múltiplos sentires, guardados à sete- chaves.., existe uma parte, a qual, é só nossa.. a outra parte, desconheçemos. Esse oculto do oculto virá à tona, será exposto, em forma de reações às ações à nós dirigidas, em momentos, em situações inesperadas.

A POESIA COMO INSTRUMENTO DE CURA – TERAPIA

Há estados depressivos que são tratados através da poética, da escrita. Quando guardamos nas nossas mentes fatos, acontecimentos, lembranças, que nos corrói a alma e se transformam em traumas; quando negamos compartilhá-los com o próximo, podemos recorrer a eficácia da escrita. Não esqueçamos de que um dia, compartilhávamos com o nosso amigo “DIÁRIO,” o nosso dia-a-dia. A ele, confidenciávamos os nossos mais íntimos segredos. E, quantos desses, se publicados, se tornariam magníficas obras literárias? As cartas que escrevemos - sabendo não enviá-las - que, no momento, serviram de “cura interior.”
Sabemos, que muitas crianças, geralmente costumam conversar com amiguinhos imaginários, principalmente quando não teem irmãos.., fuga da solidão; prevenção contra estados depressivos e apatias que seriam transformadas em males da alma e consequentemente, em doenças psicossomáticas - males da mente refletidos no corpo -. Mente sã corpo são ( Juvenal poeta romano).

A COMPOSIÇÃO POÉTICA E DISCIPLINA À LEITURA, MEDITAÇÃO É CAMINHO PARA A CURA

Há pessoas que sofrem de ansiedade crônica. Costumam expressar esse distúrbio, através da fala - Logorréia- atropelam os que estão com a palavra, em uma demonstração contundente de querer sempre a atenção de todos. Existe um apresentador de TV, que tem esse distúrbio. Quando entrevista alguém, a ansiedade faz com que esqueça a educação e a virtude de saber ouvir. Não deixa o entrevistado responder, falar o que tem de ser falado. Ele é o astro e responde sempre ao que ele mesmo pergunta, deixando o convidado com "cara de tacho." Esse disturbio, essa ansiedade, pode ser tratado através da disciplina da leitura e de exercícios poéticos. Educar a mente e discipliná-la à meditação.

A FANTASIA É UMA PREVENÇÃO CONTRA A LOUCURA

O QUE É “LOUCURA?”

Por EstherRogessi

Loucura é ultrapassar
A barreira do impossível...
O impossível mudar,
Fazendo dele possível.
Loucura é o irreal,
O que foge da razão...
Toda ação anormal,
Que foge ao nosso padrão.
Toda anormalidade
Por nós vista na vida...
Chamamos de insanidade,
Insanidade há então,
Em toda anormalidade,
Ao que foge do padrão!...
Há ações nesta vida,
Que surgem em um segundo,
Em um momento atroz...
Fazendo do sábio louco,
E do louco um herói!

A POESIA COMO DIAGNÓSTICO PSIQUICO

Da fantasia à revelação do “eu oculto.”

Segundo o poeta Fernando Pessoa, o poeta é um fingidor.
Expressão descrita no seu poema AUTOPSICOGRAFIA .

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

Entretanto, podemos através da forma fantasiosa e/ou “fingida” do autor, captar os segredos do seu “eu.”Mesmo sendo ele um fingidor, estando à cada poema se travestindo em personagens mil; criando através da poesia lírica, existencial e/ou de tantos outros tipos - amo a poesia cosmogônica de Adélia Prado -. É sempre possível captar a sua essência.

A POESIA E A LITERATURA CURATIVA E INDUTIVA

Romantismo na Literatura Alemã

O poeta, escritor e romancista alemão Johann Wolfgang Goethe (1774) expressa de forma clara o poder de cura existente na Poesia, na Literatura.

"Onde eu me sentia liberto e aliviado, porque havia transformado a realidade em poesia... meus amigos se enganaram, acreditando que se devia transformar a poesia em realidade."

Estas palavras escritas por Johann Wolfgang Goethe expressaram a sua tristeza, pela horrenda repercussão que obteve o seu romance intitulado: “Os sofrimentos do jovem Werther.” Goethe pensa, no fato de que o romance por ele escrito, cujo contexto expressa as tristezas de Werther – personagem principal - por um amor não correspondido, e, que o conduz a efetuar um disparo na própria cabeça, sendo logo após, encontrado por seu criado mergulhado em uma poça de sangue, e que o narrador dos fatos, conclui dizendo: “ Está morto. Não sofre mais.”

Esta fantasiosa afirmativa levou inúmeros jovens ao suicídio em todo país. Aos vinte e cinco anos de idade, Goethe ficou famoso na Europa e até no Oriente. Por onde o seu romance era lido, sucessivos suicídios aconteciam. A ponto de o Papa colocar o romance de Goethe no índice dos livros proibidos.
“Goethe sempre considerou a poesia como impossível de ser analisada, segundo ele, por se tratar de algo demoníaco...”

– A esse respeito antes de tudo afirmo categoricamente que a Palavra falada e/ou escrita em suas múltiplas formas tem PODER! Penso que a qualidade da água depende da fonte; que temos o que cremos; e que a boca fala do que está cheio o coração.

A poetisa e literata Adélia Prado – a minha admiração e respeito – diz através de uma personagem: “a glória de Deus é que o homem viva”. E a Literatura é, certamente, um modo eficaz de driblar a morte."

– Diante de todo o contexto ora, apresentado, com certeza, sabemos ser a Literatura, a escrita, e a poética em suas variadas formas, fonte de cura. Porém, nós autores, temos a imensa responsabilidade com o que escrevemos, com as nossas palavras. E com o transformar verdades em poesias. Pois, da mesma forma que o segredo deixa de ser segredo quando revelado, fantasias deixam de sê-las quando concretizadas – mesmo que na forma escrita, através de personagens mil.

EstherRogessi.Escritora UBE.Mat 3963. Tutorial: A POESIA E SUAS NUANÇAS. 29/08/10. Fonte: Web. Imagem Clarice Linspector Web.Montagem por EstherRogessi


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sábado, 28 de agosto de 2010

Desativando explosivos


Certamente, existe alguém que diz não crer...

Em quem diz ser, moderado – coisa do passado e passado bem passado.

Certamente existe alguém que diz do que prima pela linguagem;

do que pesa às palavras, simplesmente ser “panaca!”

Certamente, existe alguém que diz que educação é bobagem

... Somos o que determinamos ser!

Quem vive da espada... dela pode morrer!

Não se ameniza a própria dor se tornando agressor!

Não sejamos anjos, nem demônios, sempre os trazemos à tona...

Prefiramos ser uma BOMBA!

Uma bomba desativada... Que quando se espera o BOOM... Falha!

Pavio curto... Não é motivo de orgulho!

Tem dois gumes essa faca... Por o pavio ser curto
[...explodirá em nossa cara!


EstherRogessi.Escritora UBE Mat.3963. Prosa: Desativando explosivos. 28/08/10.
Imagens Web.




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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pedaços de mim...

Parece-me que foi ontem...
Vivas lembranças, de um passado distante, que bem presente está em mim.
Pequeníssimas coisas, acontecimentos em família que, o tempo não apagou.
Retratos de minha vida, álbum vivo sou!
Carrego pedaços de mim...
Minha primeira cartilha colorida... Com animais e nomes em letras garrafais;
meu primeiro talher - Presente de meu pai -, eu.. tão criança, lembranças, que não esqueço jamais; minha primeira professora, ah! Quantas lembranças boas... O verão, em que, papai levou-nos a casa de praia, em São José da Coroa Grande... Lá, ficamos um mês inteiro!
A árvore, da qual, tirávamos às flores e emendávamos umas às outras fazendo colares havaianos... Quanta saudade...!
Os meus avôs maternos... a minha avó, na cozinha fazendo cocadas... e, eu, pertinho, ansiando pelas sobras de quentes, que ela tirava da tábua, e, vendo minha alegria.., ia colocando-as em minhas mãos... e eu, comia, deliciando-me...
O papagaio falador, dos meus avós. Vovô fingia brigar com a minha vó... e grande era a barulhada que ele fazia, gritava: solta ela, solta ela, Máximo!... - este era o nome do meu avô- E grandes eram as gargalhadas, e, ele - o papagaio -, também gargalhava. Que saudades!
Fico a meditar... e, vejo, o quão importante é, na vida de uma criança, todo o dia-a-dia, em família... Nada é pequeno ou sem importância. Os pequeníssimos acontecimentos contam, quer sejam bons ou quer não.
O tempo é implacável!
Não podemos detê-lo e muito menos fazê-lo retroceder.
Com as experiências que o seminário da vida, me tem dado... Com certeza, cuidaria para que os meus filhos, guardassem em suas mentes, quadros muito mais belos... Por experiência própria, hoje, sei...
Somos álbuns vivos. Cada fato, faz a diferença na revelação da foto!
Ah! Se eu pudesse voltar o tempo...

EstherRogessi.Escritora UBE. Nº de Mat.3963. Redação: Pedaços de Mim. Categoria: Narrativa.Imagens Web.08 /10 /08


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terça-feira, 24 de agosto de 2010

D'encontro a utopia


"Mentes amofinadas pelo frio do egoísmo
Estrelas de brilho vulgar
Tomam o brilho da lua
Completando-se"

--Ponho-me a meditar:
Estrela que é estrela brilha naturalmente.
O astro mais brilhante
...está distante da lua que,
cândida e exuberante
encanta o firmamento... e,
aos amantes encanta.
Solitária eternamente...
Por amar o astro-rei - o quente do pedaço-
morador do mesmo espaço
sem o encontrar...Uma só vez!
Lua grande...Astro-Rei!
Grandemente exuberantes...
Eternamente amantes
Um brilha na escura noite...
O outro, faz claro o dia.
Explode de amor o sol
em alta temperatura
desejo apaixonado..,
de um encontro com a lua
...Tal encontro, é utopia;
É pura destruição!
Acontece mesmo assim...
Entre você e eu:
Vivemos no mesmo espaço
sem poder nos encontrar...
Explodes d’amor contido e,
eu, não menos apaixonada...
Brilho calma.. paciente a esperança me acalma.
À espera de que um dia, algo mais forte aconteça,
de que, enfim, então desças, do teu lugar elevado...
Adentres minh’águas mornas e possamos prosseguir
Com o que deixamos no passado!

Duo: D'encontro à utopia, EstherRogessi & Anna Karenina. Em 23/08/10


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Invasor

Insiste-se em mim esse amor
...qual suor brota inesperado
Lutando em esquecer o passado
Faz-se presente... flame dor!

Sofrer...

Antes de ti.. éramos eu e eu
Luta, cansaço, batalha insana...
Caí nos braços de Morfeu
...depois de ti... tu e eu!

Insistência...

No mais profundo de mim
No âmago de minha existência
Outra, pede-me clemência...
Quer voltar quem já se foi!

Paixão...

Fecho a porta então aberta...
Permaneces tu... e eu!
Expulsa fostes..razão!
Fiquei eu: a paixão
...acompanha-me o sofrer meu!

EstherRogessi.Escritora UBE Mat. 3963. Poema: Invasor.Categoria:Poética.24/08/10


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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Refletindo com Bárbara


Existe um anjo olhando do universo para teus pensamentos em meiga poesia à espera que tu lhe dês a mão na harmonia do mais belo e dócil verso em fantasia...
-- Certamente existe “O Anjo Criador do Universo.” Com mestria e maestria enche-nos de emoção; nos conduz à fantasia, em acordes e poemas...em sonoras melodias.Seus pensamentos expressos através de nós poetas, músicos e artistas, estrelas que cintilam no imenso universo!
Pobre d’alma que se engana.. pensando ter brilho próprio...
Sábias palavras - em parte - li do homem Platão, dentro de sua limitada visão do “Ser ilimitado:”
E, assim, falou Platão e afirmou: “Nenhum ser capaz ser, de por si só, elaborar uma obra poética; de expressar os seus sentires com tamanha perfeição.
Disse ainda mais: ser esse, um momento de “pocessão” - o que conduz o poeta -, ao que chamamos de inspiração.
Ó musa... Ó Barbára!
Poetas e poetisas... o teclado do PC sem nós - os poetas - nada pode fazer...
A caneta em nossa mão... precisa de inspiração!
Certamente existe “O Anjo Criador do Universo,” que com mestria enche-nos de emoção; nos conduz à fantasia, em acordes e poemas... em sonoras melodias!

Duo: EstherRogessi & Bárbara de Santo Antônio. Em 23/08/10
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domingo, 22 de agosto de 2010

DESVAIRADA!

Meu andar louco surpresa me fez,
nariz para cima... tropecei!
Não encontrei mãos para ajudar-me...
Como encontrá-las se as afastei?
Meu andar louco surpresa me fez,
nariz para cima caí de vez!
Nenhuma luz!
Nenhuma visão!
Nenhuma ilusão...
Espelho algum a refletir minha imagem...
Nenhuma voz, nenhum som...
No fundo do poço.. eu, com o meu eu!
No fundo do poço... encontro se deu.
Passos limitados...
Visão aguçada...
Água medida...
Comida desejada!
Quantos inimigos na vida eu fiz!
Afugentei a todos... Não percebi..
Que o maior deles
estava dentro de mim!
Estendeu-me a mão quem menos esperei
... libertei-me de mim, outros valores, achei!


EstherRogessi.Prosa: Desvairada! Imagens Web. Montagem por EstherRogessi. 22/08/10


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Nem Niilismo...Tampouco Logorréia!

Em meio ao nada
nado em pensamentos
que a nada me levam
...levam-me ao nada!
Nessa inexistência me afogo,
em meio ao nada..sobrevivo!
Menos que ontem e mais que amanhã,
hoje, sinto-me nada...
Busco o concreto
...como encontrá-lo em meio ao nada?
Procuro.., olho o espaço,
fumo no ar..levanto o braço
e, tento alcançar... Fechei minha mão,
colei-a ao peito, quis tanto prendê-la,
tê-la junto a mim... Nada!
Evadiu-se de mim.. d’entre meus dedos!
Voltei ao nada...
Jamais ao fim!


EstherRogessi.Prosa Poética. Nem Niilismo.. Tampouco Logorréia! 22/08/10



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sábado, 21 de agosto de 2010

Teoria Literária Sobre Particularidades do Indriso

Essa variante surgiu devido ao apreço e requinte existente no soneto, nascido segundo alguns estudiosos entre os séculos XII e XIII na Sicília. Atribuem a Jacopo (Giacomo) Notaro, um poeta siciliano. A princípio em forma de letras escritas para músicas, estruturados por uma oitava e dois tercetos de melodias diferentes.

A seguir, surgiu um poeta de Santa Firmina, Guittone D’Arezzo, que aderiu em definitivo o que se entendeu como sendo a melhor forma de expressão de uma emoção isolada, pensamento e/ou idéia, o soneto. Porém, Francesco Petrarca, aperfeiçoou a estrutura poética do soneto, surgido na Sicília e o difundiu por toda a Europa durante as suas muitas viagens.

Surgiu Isidro Iturat, espanhol de Villanueva e La Geltrú, nascido em 1973. Pensou em uma nova forma de soneto, esse novo formato, caiu no gosto de vários autores, espalhando-se na Europa.
Em verdade diz o seu criador: o indriso é uma imagem que a minha cabeça criou de forma espontânea. Às vezes, faço o exercício de visualizar a extrutura dos poemas mentalmente. O indriso surgiu em um momento em que meditava sobre o soneto e em um determinado instante, vi as estrofes da figura clássica se condensando desde o padrão (4-4-3-3) para o (3-3-1-1).


Hoje, radicado em São Paulo /Brasil, desde 2005. Isidro leciona literatura espanhola e se dedica a arte da escrita.

CURIOSIDADE:

A origem da nomenclatura: Sendo o indriso, uma variante do soneto, o qual, alguns atribuem a sua criação ao Jacopo Lentini, aconteceu um fato curioso na vida de Isidro : uma garota, contando os seus três anos de idade, esforçando-se em chamá-lo pelo nome, sem conseguir, insistia em dar-lhe o nome de Indriso. Isto chamou a atenção daquele que viria ser o criador da variante do soneto:“indriso”.

Podemos encontrar no site abaixo a primeira coletânea do autor: “El Manantial” inteiramente disponível on-line: http://www.indrisos.com. (http://www.indrisos.com/manantialarchivos/portadamanantial.htm). (http://www.indrisos.com/colaboradores/indicecolaboradoresother.htm).

Existem exemplares no espanhol e em tupiniquês.

Luna Menguante

El sentauro se asoma por la ventana
Y La mujer dormida está hablando em sueños
Llora y rie porque um centauro la rapta

Cabalga em su sueño la mujer dormida,
Cabalga em su sueño y es cabalgada
Em La selva, nadie la oye cuando chilla

Llora y ríe como nunca em vigília

El centauro la mira...por la ventana
(Isidro Iturat)

Exemplo: (33-11)

QUEM ME DERA... PODER SER EU! (Indriso)

A lágrima que não chorei,
e o grito que não fiz ouvir,
em mim tranca se fez...

Verdades que não falei,
O amor que não vivi...
Assim, minh'alma mutilei,

Quereres que só eu quis...

Eu poderia ter sido feliz!

Indriso está publicado no livro “Versos Inéditos”, como destaque. Na 1ª edição jul / 2009. http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/quem-me-dera-poder-ser-eu-1

Isidro usa de transparência ao afirmar e defender a tese de que a sua criação inovadora é definida pela estruturação, a qual, ele impõe os limites que se seguem, segundo as suas palavras: “O único limite no indriso está na associação dos dois tercetos e das duas estrofes de verso único duplicados, pois é isso o que o define. Em relação a outras particularidades textuais (medida nos versos, rima, temática, estilo, associações de vários indrisos, etc.) o autor tem total liberdade criativa.” Palavras Isidro Iturat quando em entrevista a Revista SAMIZDAT.

Em outra entrevista a Revista Los Argonautas.Net.Espanha.Março de 2009, O escritor e poeta, nos esclarece às limitações de tal estruturação e diz: O indriso é um poema estruturado em (3-3-1-1), que admite qualquer tipo de rima e medida (métrica), nos seus versos.

Ou seja: sua estrutura é livre, quanto, a rima e métrica, porém, se não estiver estruturado dentro da forma (33-11) Não será o indriso criado por Isidro Iturat.

As inúmeras variações, que se nos apresentam, são de outros autores. Os estudos por eles feitos ao longo dos anos, deram origens a novas formas de estruturações, geradas do indriso original.
O Escritor diz ter conhecido formas e esquemas, tais quais, podemos ver a seguir: 3-3-2, 3-3-3-1-1, 4-4-1-1, etc., autores diversos têm chamado a essas novas formas de indrisos. No entanto diz Isidro, não achar pertinente assumí-los, como tais, pois, mesmo que, sejam oriundos do esquema 3-3-1-1, ficam longe do original. Isto, no tocante ao ritmo, visual e arquetípico. E, exorta a todos quantos, estiverem usando as novas estruturações a procurarem “outras denominações e/ou nomenclaturas, para se referirem a elas...

Devemos considerar o fato de que assumindo-os, poderíamos cair em uma ILIMITAÇÃO, o que tornaria a sua definição sem sentido - afirma o escritor -. Por outro lado, a escritora uruguaia Teresa Marcialetti , apresentou ao Isidro uma proposta , a qual, o escritor viu de forma diferente, achando coerência em seus estudos. Ela investigou as possibilidades de combinações do 3 e do 1 duplicados. Por sua vez, Isidro com a devida permissão, também estudou o assunto.
Contrariamente a todos os outros esquemas , por ele vistos, achou grande afinidade entre o 3-3-1-1 e outras variantes, mostradas a seguir.

Considerando as formas em que os dois tercetos e as estrofes de verso único podem se relacionar, Isidro acha adequado considerar uma nova terminologia baseada nos conceitos de sístole y diástole, entendendo a transição de 3 para 1 como um movimento de contração do discurso e a transição de 1 para 3 como um movimento de expansão:

3-3-1-1: Indriso ou indriso em sístole.
1-1-3-3: Indriso em diástole.
3-1-3-1: Indriso de duas sístoles.
1-3-1-3: Indriso de duas diástoles.
3-1-1-3: Indriso em sístole interna.
1-3-3-1: Indriso em diástole interna.

Como vemos a seguir existem inúmeras possibilidades de estruturação: (33-22; 22-11; 33-11...) Podemos denominar-lhes indrisos?

O LAÇO (Indriso) (44-11)


O amor é um grande laço...
Lindo como o jasmim...
Em minha volta o teu braço,
Não te separas de mim...


O caminho contigo faço,
Apegamo-nos enfim...
Não é de fita esse laço...
Estás contido em mim!

Dele não se desvencilha,

Não se tem como fugir...

Publicado no livro “Versos Inéditos”, como destaque. Na 1ª edição jul / 2009. http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/o-laco-indriso

Retalhos (33-11)

Trago em minh’alma múltiplo sofrer,
Chegando assim, a ser, tornei-me nulo ser.
Exausto viver, quero não mais querer!...

Nulo existir, enfim: Quem vive em mim?
Quero sem ter, tenho o que não quero.
Quereres adquiridos sou um ser induzido!

Tecido de carne e sangue, robô sensitivo!

Sentindo e sofrendo, por não agir, morrendo!


(EstherRogessi).

O LAÇO (44-22)

O amor é um grande laço...
Lindo como o jasmim...
Em minha volta o teu braço,
Não te separas de mim...


O caminho contigo faço,
Apegamo-nos enfim...
Não é de fita esse laço...
Estás contido em mim!

Dele não se desvencilha,
Não se tem como fugir...

Contigo... bem que eu queria,
Ir bem longe... Rumo a uma ilha.

NOTA: Indriso premiado no grupo Soneto e publicado no livro “Versos Inéditos”, 1ª Edição jul / 2009 http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/o-laco-indriso


EstherRogessi. Escritora UBE. Mat.9363. Teoria Literária Sobre Particularidades do Indriso.
Fonte de pesquisa: Google Revista Los Argonautas.Net.Espanha.Março de 2009 e Revista SAMIZDAT. 19/10/09.

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Nos Teus Rios


Mergulhar no teu ser desvendar os teus mistérios...

Nadar em teus rios é tudo quanto anelo...

Apresentar-me a ti nua..página aberta a ser escrita.

Faz o teu traçado, conduz-me em tuas trilhas!

Sou cândida e sou lua;

Sou chama... és sol;

Sou sabiá sem asas.. sábio és com certeza.

Sou parte da natureza e, a natureza é tua!

Mergulhar em teu ser desvendar os teus mistérios...

Nadar em teus rios é tudo quanto anelo!

Cansada em ti aportar...

Dormir o sono inocente,

Saber que cuidas de mim

...vestes a minha nudez,

Teu amor é excelente,

para nós..não haverá fim

...Amo tu’altivez!

EstherRogessi.Escritora UBE. Mat 9363.Prosa Poética: Nos teus rios,21/08/10

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

PALAVRAS BRILHANTES...


Procuro pérolas, procuro ouro, prata, bronze...Tesouros!
Procuro pedras e entre elas às preciosas
... procuro os cacos e dentre eles.. os cacos dos cacos!
Latão, ferro, manganês, enxofre!
Madeira de lei, e até a que o cupim rói!
Areia, barro, saibro... lama!
Aprofundo-me!

Procuro nos templos sagrados..Na Bíblia Segundo Jesus Cristo
...Louvado seja para sempre!
Nas sinagogas Judaicas e nas sinagogas de satanás!

Nada me espanta..nada me choca! Nada me escandalisa!

Porém, eu choro! Meu espírito pesa.. Minh’alma dói!

Nessa minha busca pela melhor parte.. de cada ser:
Anjos ou demônios; explícitos e/ou disfarçados
... Claramente vejo Deus!

Em Maiakövski, Madre Tereza de Calcutá, Gandhi, Adolf Hitler!
Bertold Brecht, Keneth Hagin Jr, Martin Niemöller,
Joana D’arc, Nélson Mandela, Carl Gustav Jung...

Em Maiakövski
O maior poeta russo moderno que suicidou-se após a revolução de
Lenin e, que, escreveu dentre tantas obras magníficas:
A FLAUTA VÉRTEBRA
A todos vocês,
que eu amei e que eu amo,
ícones guardados num coração-caverna,
como quem num banquete ergue a taça e celebra,
repleto de versos levanto meu crânio.
Penso, mais de uma vez:
seria melhor talvez
pôr-me o ponto final de um balaço.
Em todo caso
eu
hoje vou dar meu concerto de adeus.
Memória!
Convoca aos salões do cérebro
um renque inumerável de amadas.
Verte o riso de pupila em pupila,
veste a noite de núpcias passadas.
De corpo a corpo verta a alegria.
esta noite ficará na História.
Hoje executarei meus versos
na flauta de minhas próprias vértebras.
Maiakövski

Em Madre Tereza de Calcutá
Enquanto estiver vivo, sinta-se vivo. Se sentir saudades do que fazia, volte a fazê-lo. Não viva de fotografias amareladas... Continue, quando todos esperam que desistas. Não deixe que enferruje o ferro que existe em você. Faça com que em vez de pena, tenham respeito por você. Quando não conseguir correr através dos anos, trote. Quando não conseguir trotar, caminhe. Quando não conseguir caminhar, use uma bengala. Mas nunca se detenha.
( MADRE TERESA DE CALCUTÁ);

Carl Gustav Jung... (O autor defende a tese de um inconsciente coletivo, em menor ou maior grau, e que parece sobressair-se entre pessoas afins, como os poetas).
"Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der".

Palavras brilhantes oriundas de mentes que brilharam -mesmo que por instantes -, pois todo dom perfeito, toda boa dádiva, vem do Pai das luzes, onde não há sombra nem variação. Nenhum mal é totalmente mal. Tudo e todos têm um papel a ser exercido em prol de algo e/ou de alguém.

Cada um desses personagens usaram o poder da palavra. Esta jamais será inútil. Prosperará a seu tempo. Quer de forma poética, quer narrativa, quer seja em discurso. A palavra tem poder.
Jamais morrerá. A grande prova disso - nesse momento, me abstenho de exemplificar o fato, através da Teologia -, está na poética de Maiakövski, quando ele escreveu:

Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada.

E depois de Maiakövski, outros usuram da verdade prática, contida no contexto poético do autor, para expressar verdades contemporâneas, donde podemos até, em parte, encontrar a denotação da tese defendida por Jung “ inconsciente coletivo”, em menor ou maior grau, e que parece sobressair-se entre pessoas afins, como os poetas...

Bertold Brecht (1898-1956)
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu não era operário.

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Martin Niemöller /1933.
-Símbolo da resistência aos nazistas.

Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista não me incomodei.

No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
Já não havia mais ninguém para reclamar...

Os versos de Maiakövski prosperaram... Sobreviveram ao tempo, a palavra é eterna.
Vão-se os poetas ficam os versos – aplicação da teoria do inconsciente coletivo (...?)

Nada é Novo! O que hoje é.., já foi e o que foi..já era!


EstherRogessi. Escritora UBE. Mat.3963. Crônica: Palavras Brilhantes... Categoria: Narrativa. Texto EstherRogessi c/citações de poetas vários. Imagens Web e arte por EstherRogessi.14/08/10



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domingo, 15 de agosto de 2010

O SILÊNCIO DE DEUS


Em sua visita a Auschwitz o papa Bento XVI, mostrou bastante desconforto ao lembrar de todo massacre sofrido pelos judeus, chegou a dar voz, ao seu pensamento e disse: "Por que Deus calou diante de tamanho mal"?

Houve o silêncio de Deus, durante a 2ª guerra mundial, quando os ustasha (croatas católicos) e os chetniks (sérvios ortodoxos) lutaram entre si e trucidaram suas populações civis...

Em nome de Deus?

Deus calou quando uma grande parte dos mulçumanos do vale do Drina foram dizimados, em um massacre étnico, em Goradze, na Bósnia; calou-se em Ruanda; na América, durante os massacres sofridos pelos povos indígenas; cala-se hoje no Sudão, onde vemos povos de etnias diferentes lutando entre si, em nome de quem?

Em nome de Deus ?

Certamente que não!

No evangelho de São João está escrito:
(Jo 16: 2-3[/b]), Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar pensará estar a fazer um serviço a Deus. E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim.

Por que questionar o silêncio de Deus perante às catástrofes causadas pela ganância, incredulidade e falta de amor do ser humano?
Ou ainda, por que fazer guerra, em nome do Príncipe da Paz?
Por que procurar culpar Deus dos nossos próprios erros?

Comumente o homem não o quer ouvir. Faz pouco caso Dele! Porém, diante dos horrores por eles mesmos causados, culpam a quem não querem ouvir-Lhe a voz... E ainda questionam o seu silêncio!
Quando Jesus foi levado à Pôncio Pilatos, quando este tentou persuadir os judeus a não crucificarem a Cristo – em vão –, pois, a multidão enfurecida queria o Seu sangue, responderam a Pilatos: “ O seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos” [b](Mt 27.25)[/b]

Eles mesmos amaldiçoaram aos seus filhos e a sua posteridade. A nossa palavra tem poder, na nossa boca está um instrumento que tem o poder da vida e da morte.

De que se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados[b]( Lm 3.39)[/b]

Tudo foi falado, tudo foi dito, resta-nos seguir ou não. Sofrermos as conseqüências dos nossos atos ou gozarmos os frutos da obediência e do temor a Deus. Há quem entenda isso, como que sendo, "livre arbítrio," para mim, segundo a tese que defendo sobre "LIVRE ARBÌTRIO.." é meramente, questão de escolhas.
Portanto, de acordo com nossas escolhas, sejamos coerentes, sóbrios, honestos o bastante, para reconhecermos que Deus nada tem a ver com o que decidirmos.
Ele ditou às regras... E estas, estão às nossas mãos, à frente de nossos olhos.

Desde o início de tudo que, o homem costuma repassar às responsabilidades concernentes aos seus erros. No acerto, o mérito é próprio, porém, dificilmente assumimos os próprios erros.
Começou por Adão, o primeiro homem que Deus instituiu como Seu povo, feito para Sua Glória e Louvor e Eva...Sua adjuntora. Quando esta cedeu a tentação e quis compartilhá-la com Adão, vindo este a ceder, quando o Senhor Deus, o inqueriu sobre tal fato, ele, simplesmente colocou a culpa em Eva: Foi a mulher que tu me deste...lançou a sua parte de culpa em Eva e de forma capciosa denotou: Poderias dar-me uma companheira melhor,afinal.. És Deus!
A verdade é que comumente, caímos por nossa própria opção, livre escolha. E, ainda procuramos respaldo bíblico para as nossas fraquezas: "A carne é fraca!" Esquecemos que o versículo continua dizendo: mas, o Espírito vivifica, ou seja: dar força!

Portanto, que deixemos de questionar Deus e procuremos conhecer a Sua vontade, para que tenhamos vida e vida em abundância.

Muitos são os medos que habitam no coração do homem,porém, se temos que temer alguma coisa, que temamos em não conhecer à Deus.



EstherRogessi.Mensagem:O Silêncio De Deus. Imagem Net. Fonte: Scraps Google & Bíblia Sagrada.27/08/09.
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Baronesa da Gothia Rogessi de A. Mendes (EstherRogessi). Pernambucana, outorgada com Título Nobiliárquico - Alta Insígnia BARONESA DA GOTHIA da Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente, DAMA COMENDADORA da Real Ordem dos Cavaleiros e Damas Rei Ramiro de Leão. Comendadora pelo CONINTER ARTES.. Escritora UBE/SP; Embaixadora da Paz (FEBACLA); Artista plástica, Membro Correspondente de várias Academias de Letras e Artes Nacionais e Internacionais. Consulesa e Comendadora. Tem escritos publicados em Antologias e Revistas Virtuais, no Brasil e exterior. Publicou o seu primeiro livro solo, pela Editora Literarte intitulado "Conflitos de uma alma" Romance ISBN 978-8-5835200-8-5 EstherRogessi recebeu várias premiações nacionais e internacionais.