
Sou um ser!
Que não era...
Que é sem ser!
Tudo, nada, ser um ser...
Só ser!...
Momentâneo existir
diante de quem É...
Nada ser!
Um pequeno fragmento
solta ao vento...
O que ser?
Meio ao infinito...
A menor partícula do átomo:
Subatômica!
Não sou!
Não existo!
Sei não ser...
Eu, o nada... Encontrei-me entre dois céus:
Ao alto tal qual águia... Olhei para cima: azul infindo,só azul!
Olhei para baixo: bem abaixo dos meus pés...Nuvens!
Brancas, clareadas pelo sol, outras, não muito brancas...,multiformes flocos de neve, algodão que não doce, encantamento, perplexidade...
Lembrei do Ser que é o único a ser!
Às nuvens são o escabelo dos Teus pés...Oh! Grande Ser!
E, eu...que sei nada ser...
Sou só um ser,
a gozar de uma existência efêmera,
da Tua bondade infinita
em deixar-me ser...
Tal qual essas grandes multiformes nuvens,
que meus olhos como os da águia, num suave vôo contempla:
Ora, concreto existir...
Ora, ultrapassadas por um supersônico, desfeitas, incondensadas,
impalpáveis por não ser,
Ilusório existir!...
EstherRogessi. Poema:Entre Dois Céus.Categoria:Poética.Mural dos Escritores.14/07/09.Copyright
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