Dezoito anos se foram... Sem poder contar contigo, sem contigo partilhar das alegrias do natal. Os nossos filhos, não são mais crianças – embora o sejam eternamente para mim –, seguiram rumos diferentes, tem suas vidas independentes, moram fora do país. Deles recebi presentes e cartões, desejos de que eu seja feliz! Como sê-lo? Eu sou daquelas criaturas que, amam uma só vez na vida! Há pessoas que fazem das suas vidas, um laboratório de amor... Estão sempre propensas a novas experiências. Contento-me com as boas lembranças! E, agora... Depois destes longos anos, arrumei a casa com esmero, estás voltando para mim...
Decorei tudo de acordo com a época. Preparei a lareira, que está queimando, tal qual, o meu coração... Nada mudou! Estou a sentir a mesma emoção... de quando te esperava para namorar, e, na saída te levava ao portão, quando enfim, podíamos nos beijar.
Tão jovens éramos... Tão felizes fomos!
Do infernal desencontro... Prefiro não mais falar!
Chegas no voo das 23h00min. Espero-te! E, a noite passarei aconchegada em teus braços, no calor da lareira, feliz... Sorrirei e de alegria sei que irei chorar!
EstherRogessi, Conto: Cotidiano,17/04/10

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