– Felizmente, hoje, é segunda-feira. Vou vê-lo!
– Pensei... Estava ansiosa... A chuva batia no para – brisa do meu carro, dificultando a visão do que e de quem estava a minha frente... O seu vai-e-vem, era como que, as batidas do meu coração!
Com grande esforço curvei a minha cabeça para a direita – local onde ficava a minha sala de aula –, buscando encontrar-te. De repente... Surgistes a minha frente, ou melhor, frente ao meu carro. E no teu rosto claro e tão amado, contemplei teu sorriso largo de satisfação em ver-me procurar-te... Carregavas uma pilha de livros até o pescoço. E, tentavas segurá-los com o queixo. Mesmo assim, meio a toda dificuldade, equilibrastes os mesmos e soltando uma das mãos, acenastes para mim... sorrindo de uma forma que, jamais pude esquecer! Pequenos gestos de amor que nos acompanha por toda a vida.
Há mulheres que se comprazem em jóias e presentes caros... Para mim... Mui caríssimas são as lembranças de gestos e ações espontâneas e verdadeiras... Estas, o ladrão não rouba, nem a ferrugem corrói...
Doce acalanto que me alegra a alma.
EstherRogessi,miniconto:Lembranças.Categoria:Narrativa.
Publicado no Luso Poemas e no Recanto das Letras em 11/02/2009, às 12:37 Código do texto: T 1433546
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