
Engenho de verbos
palavras moídas...
O moinho da vida
...Bagaço faz!
Um passo à frente
dois para trás!
O ébrio vagueia
nos olhos areia...
Visão de cristais!
Que ao descerem
tem gosto de sal,
Conservante da carne
... Há bem nesse mal!
Engenho de verbos,
palavras moídas,
Tal qual, é a vida!
O bambu outrora foi cana,
foi doce... Caiana.
No melaço da vida
Puxa-puxa se fez...
Quebrou-se de vez!
Veio o rapa...dura é a vida!
Rapou-lhe o viço!
Negou-lhe guarida.
Engenho da vida,
Palavras benditas,
outras mau_ditas
moinho se fez!
Gozo nas mentes mefistofélicas.
Mefistófeles sadicamente goza!
Do sofrer que n'alma impera;
da felicidade que o ser anela!
O gozador goza_ da_ dor!
No moinho da vida
no engenho do verbo,
o sofredor goza...!
Um gozo doce, suave d'amor,
seu sofrer encerra!
Moendo o moinho segue o escritor!
EstherRogessi: Poesia Livre: Engenho da Vida. Categoria: Poética, 27/04/10

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