Foram tão pequeninas, de tatear incerto,
bateram palmas em inocente alegria.
Acenaram ao vento, soltaram beijinhos... Aprenderam pegar no lápis, traçaram rabiscos.
Veio a descoberta de como escrever o próprio nome... sobrenome, identidade que cada um de nós,
carrega... Ou carregou.
Mãos que cresceram, tornaram-se grandes,
Construíram... destruíram!
Na areia fizeram castelos, que pouco durou... O mar, com suas espumantes bailando para lá e para cá... Desfizeram os muitos castelos e sonhos. Mãos que não os puderam segurar!...
Mãos que foram seguradas, para evitar a queda, o cair, tropeçar... Hoje servem de amparo.
Mãos que foram fortes, que no passado me guiaram... Hoje são frágeis.
Mãos que foram fortes, que no passado me guiaram... Hoje são frágeis.
Perco-me em lembranças... Olho às
mãos santas... Gastas e enrugadas, calejadas pela vida.
Os meus olhos, umedecidos, contemplam as mãos que duramente trabalharam para alimentar-me,
pegaram-me no
colo, com carinho jogaram-me às costas para comigo rodopiar
... Hoje trêmulas voltam ao estado primeiro... Porém, abundam em amor.
... Hoje trêmulas voltam ao estado primeiro... Porém, abundam em amor.
Meu pai... Hoje pai, também
sou!
O que aprendi com você ensino ao meu filho...
O que de você recebi... A ele dou.
Futuramente... As minhas mãos serão para o meu filho,
o que hoje as suas mãos são para mim!
EstherRogessi. Prosa Poética: MÃOS, Recife,13/08/09.
This obra by Attribute work to name is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License
O que aprendi com você ensino ao meu filho...
O que de você recebi... A ele dou.
Futuramente... As minhas mãos serão para o meu filho,
o que hoje as suas mãos são para mim!
EstherRogessi. Prosa Poética: MÃOS, Recife,13/08/09.
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