sábado, 8 de outubro de 2011
PALAVRAS BRILHANTES
Procuro pérolas, procuro ouro, prata, bronze...Tesouros!
Procuro pedras e entre elas as preciosas
... procuro os cacos e dentre eles.. os cacos dos cacos.
Latão, ferro, manganês, enxofre!
Madeira de lei e, até a que, o cupim rói.
Areia, barro, saibro... lama!
Aprofundo-me.
Procuro nos templos sagrados.., na Bíblia Segundo Jesus Cristo
...Louvado seja para sempre!
Nas sinagogas Judaicas e nas de satanás!
Nada me espanta.. nada me choca! Nada me escandalisa!
Porém, eu choro!
Meu espírito pesa.. Minh’alma dói!
Nessa minha busca pela melhor parte.. de cada ser:
anjos ou demônios; explícitos e/ou disfarçados
... Claramente vejo Deus!
Em Maiakövski, Madre Tereza de Calcutá, Gandhi, Adolf Hitler!
Bertold Brecht, Keneth Hagin Jr, Martin Niemöller,
Joana D’arc, Nélson Mandela, Carl Gustav Jung...
Em Maiakövski, o maior poeta russo moderno que suicidou-se após a revolução de
Lenin e, que, escreveu dentre tantas obras magníficas:
A FLAUTA VÉRTEBRA
(Maiakövski)
A todos vocês,
que eu amei e que eu amo,
ícones guardados num coração-caverna,
como quem num banquete ergue a taça e celebra,
repleto de versos levanto meu crânio.
Penso, mais de uma vez:
seria melhor talvez
pôr-me o ponto final de um balaço.
Em todo caso
eu
hoje vou dar meu concerto de adeus.
Memória!
Convoca aos salões do cérebro
um renque inumerável de amadas.
Verte o riso de pupila em pupila,
veste a noite de núpcias passadas.
De corpo a corpo verta a alegria.
esta noite ficará na História.
Hoje executarei meus versos
na flauta de minhas próprias vértebras.
Em Madre Tereza de Calcutá
Enquanto estiver vivo, sinta-se vivo. Se sentir saudades do que fazia, volte a fazê-lo. Não viva de fotografias amareladas... Continue, quando todos esperam que desistas. Não deixe que enferruje o ferro que existe em você. Faça com que em vez de pena, tenham respeito por você. Quando não conseguir correr através dos anos, trote. Quando não conseguir trotar, caminhe. Quando não conseguir caminhar, use uma bengala. Mas nunca se detenha.
( Madre Tereza de Calcutá);
Carl Gustav Jung... (O autor defende a tese de um inconsciente coletivo, em menor ou maior grau, e que parece sobressair-se entre pessoas afins, como os poetas).
"Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der". (Carl Gustav Jung)
Palavras brilhantes oriundas de mentes que brilharam - mesmo que por instantes -, pois, todo dom perfeito, toda boa dádiva, vem do Pai das luzes, onde não há sombra nem variação. Nenhum mal é totalmente mal. Tudo e todos têm um papel a ser exercido em prol de algo e/ou de alguém.
Cada um desses personagens usaram o poder da palavra. Esta jamais será inútil. Prosperará a seu tempo. Quer de forma poética, quer narrativa, quer seja em discurso. A palavra tem poder.
Jamais morrerá. A grande prova disso - nesse momento, me abstenho de exemplificar o fato, através da Teologia -, está na poética de Maiakövski, quando ele escreveu:
Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada.
E depois de Maiakövski, outros usuram da verdade prática, contida no contexto poético do autor, para expressar verdades contemporâneas, donde podemos até, em parte, encontrar a denotação da tese defendida por Jung “ inconsciente coletivo”, em menor ou maior grau, e que parece sobressair-se entre pessoas afins, como os poetas...
Exemplificando:
Bertold Brecht (1898-1956)
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu não era operário.
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Martin Niemöller /1933.
(Símbolo da resistência aos nazistas).
Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
Já não havia mais ninguém para reclamar...
Os versos de Maiakövski prosperaram... Sobreviveram ao tempo – a palavra é eterna.
Vão-se os poetas ficam os versos – aplicação da teoria do inconsciente coletivo (...?)
Nada é Novo! O que hoje é.., já foi e o que foi.. já era!
EstherRogessi. Escritora UBE. Mat.3963. Crônica: Palavras Brilhantes... Categoria: Narrativa. Texto EstherRogessi c/citações de poetas vários. Imagens Web e arte por EstherRogessi.14/08/10
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Quem sou eu
- EstherRogessi
- Baronesa da Gothia Rogessi de A. Mendes (EstherRogessi). Pernambucana, outorgada com Título Nobiliárquico - Alta Insígnia BARONESA DA GOTHIA da Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente, DAMA COMENDADORA da Real Ordem dos Cavaleiros e Damas Rei Ramiro de Leão. Comendadora pelo CONINTER ARTES.. Escritora UBE/SP; Embaixadora da Paz (FEBACLA); Artista plástica, Membro Correspondente de várias Academias de Letras e Artes Nacionais e Internacionais. Consulesa e Comendadora. Tem escritos publicados em Antologias e Revistas Virtuais, no Brasil e exterior. Publicou o seu primeiro livro solo, pela Editora Literarte intitulado "Conflitos de uma alma" Romance ISBN 978-8-5835200-8-5 EstherRogessi recebeu várias premiações nacionais e internacionais.
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