quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PRECISO ACREDITAR

Que satisfação,alegria, podia-se ver naquela aspirante à escritora... Quanta dedicação!
Frente ao PC se completava; seus dedos deslizavam, rapidamente, sobre o teclado, o dom de criação literária fluía, como que,puras águas de uma nascente.

Isso inquietava os seus familiares, o fato de Doroni se isolar, e dedicar-se apaixonadamente à escrita... Suas obras eram maravilhosas. A sua serenidade em meio às guerras, no seio familiar, onde ela e a sua paixão eram alvos diários impressionava. Quem poderia entender?

Havia um riso no seu semblante... Podia-se perceber que, ela se revestia de uma armadura poderosa frente ao PC; os projéteis que lhes lançavam, não faziam efeito... Simplesmente ela não estava ali!
Quanta inspiração!

Existia uma torcida contrária quanto ao seu almejado sucesso - dentro do próprio lar - e, muitas vezes, enquanto o marido esbravejava, e os filhos tentavam desencorajá-la... Simplesmente, ela se fechava em seu mundo imaginário... e, criava , criava...

Ao contrário do que disse Virgínia Woolf “(...) É necessário ter quinhentas libras por ano e um quarto com fechadura na porta se vocês quiserem escrever ficção ou poesia.”

– Certamente, Virgínia Woolf se referia a um espaço físico, e metafísico; à independência de se obter um espaço, onde se pudesse usufruir da liberdade de ter e escrever em paz; da independência financeira, para se manter nesse espaço e quebrar os grilhões do autoritarismo e da castração, não só oriunda do machismo – sentimento que denota ódio. Na realidade a mulher sempre foi alvo do sexismo e de sua peculiar característica, concernente ao favorecimento ao sexo julgado dominador, em detrimento do então - por eles - julgado frágil; da misoginia – que é a aversão a tudo quanto seja feminino.

É notória e comprovada a dificuldade de a mulher si fazer notar através de sua escrita. Isso, desde o século XIX, quando então, temos conhecimento da existência da “écriture féminine.” Pois, a mulher, tal qual, o ar, o vento, e a camada de ozônio – são necessários, podemos dizer: vitais, porém, invisíveis para a maioria -.
Mesmo em se tratando de Virgínia Woolf, tão complexa e mergulhada em sua invisibilidade; tão inconformada com o ser e o não ter chegado a ser... Optou em por fim a própria vida. Dessa forma, o ser complexo e invisível, alcançou de forma complexa e impactante a “visibilidade literária,” como de fato, hoje, se vê.

– Doroni começou a escrever para alguns sites literários. E, assim, deu início ao fim do seu anonimato. Logo se destacou. Em meio às dificuldades financeiras, pelas quais, a família passava, com muito esforço, daqui e dali, conseguiu juntar um pouco, para tornar real o que tinha por sonho: a publicação do seu primeiro livro.

Pensou ter surgido a oportunidade sonhada...
Um site tido por confiável enviou-lhe uma proposta, para publicar seus escritos, em E-BOOK, vantagens e mais vantagens; divulgações, e tantas outras promessas fizeram o coração de Doroni pulsar forte, e os seus olhos ganharem o brilho, de quem poderia, enfim, realizar o início de um grande sonho, e, mostrar a torcida contrária, que vale a pena perseverar... Confiar.
Para quem, com grande esforço, juntou a soma devida para tal publicação, realmente se tratava de uma pequena fortuna, adquirida através de renúncias, de abrir mão do que é imprescindível para a mulher; quantas coisas ficaram para trás...economizando sempre a cada dia.

A família gritou:
– Você vai depositar dinheiro para os outros? Sem nenhuma garantia? Sem um contrato ou recibo? precisamos pagar às contas... e, você coloca as suas economias, nas mãos de quem não conhece; vão lhe fazer de tola mulher! Quantos concursos, quantas taxas, quanto dinheiro, a escoar pelo ralo!

– Eu preciso acreditar Rafael! Eu preciso tentar!
– Pelo menos tenha sabedoria: Fotografe tudo que você puder: o histórico do MSN onde você acertou com o dito site; o preço cobrado, e-mail que você enviou e, recebeu; extrato bancário com os dados e data bem visíveis e tudo o mais. Até mesmo às promessas através de mensagens, faça uma pasta, mulher! FOTOGRAFE!
Não seja boba!

–Está certo Rafael. Vou me cuidar, vou fazer assim mesmo, como dizes.

–Assim, foi feito!
Doroni se precaveu... e, viu que Rafael estava certo.
Ela ainda espera que o site cumpra a parte acordada.

Porém, Doroni foi duplamente recompensada,através de confiáveis que surgiram em sua vida – felizmente existem!
E a melhor justiça é a exercida por Deus, quem poderá dela escapar?
Afinal de contas é preciso acreditar!


EstherRogessi, Conto: Preciso Acreditar!25/04/10. Categoria: Narrativa.Imagem Web.Art:By EstherRogessi.

sábado, 25 de setembro de 2010

JAMAIS ESTAREI SÓ!


Naquela manhã, de sol ameno, a sua claridade inundava a varanda do meu quarto.
Acordei cansada de uma noite em divagações e questionamentos ao meu Deus... que se manteve em silêncio. Todas as minhas interrogações ficaram como que, soltas no ar, qual bolhas de sabão...espocaram!
O sono demorou a encontrar-me. Eu estava tão distante... Fui a tantos lugares, tive tantos encontros com quem deixei para trás... Os meus pensamentos se atropelavam, iam e vinham,vinham e iam...e, vinham...e, eu, naquele giro, rodopiei na cama ampla de casal, na qual, só eu ocupava... Mesmo assim, se fez ínfima. O meu tronco se posicionava – segundo o relógio – em meio-dia.., minhas pernas, tais quais, ponteiros, na posição: 3h50 e/ou 9h15min – em pleno abandono.

– Ó amigo meu... Privas-me de Ti ouvir? Tenho que contentar-me com monólogos?
Sei que o sono não Ti abate... És incansável! Mas eu, frágil no corpo e em tormenta d’alma...não lembro... Qual o último giro que me arrebatou os sentidos? Qual a última imagem que igual a fumaça se desfez em minha mente?

– Adormeci... Não descansei!
Levantei moída... doída... E, aquela visão amena e cândida dos primeiros raios de sol, me enterneceu. Fiz um alongamento rápido e sentei na rede da varanda.
Um lindo pássaro veio ao meu encontro...sem se assustar com a minha presença... começou a cantar alto, lindo...estridente; canto de um cantor-mor, demorado canto.
Pasma... quieta, imóvel...comecei a ouvir dentro de mim... a interpretação divina daquele canto: – “Filha, estou contigo... Eu te fortaleço e ajudo. Confundidos serão todos os que contenderem contigo; irei aonde fores; te livrarei e te colocarei em segurança, jamais estarás só! Confia e espera, esforça-te que te ajudarei...!

– Incrível!
O pássaro falou comigo!
O Deus, que tantas experiências pessoais tem me concedido...Usou o pássaro para me falar, fortalecer...
O pássaro voou... adentrou o meu quarto, visitou toda casa voltou, sempre cantando, um lindo louvor. Por fim, chegou à varanda, ficou como que o beija-flor...suspenso no ar, batendo suas asas ligeiramente, voltou a cantar de forma diferente, e, dentro de mim...em alto e bom som, ouvi: “A minha paz eu te deixo!”
– E, eu, vos deixo a paz que transcende todas às coisas... Amém!

EstherRogessi.Conto: Jamais estarei só! 25/09/10.Imagem Web, Arte: By EstherRogessi


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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

INTERPRETAÇÃO TEXTUAL



Bem, como disse em outra abordagem: "cada um dar o que tem e o que recebe, o faz, com o coração que tem"- isto, concernente a interpretação textual-. É fato que o leitor, comumente, ao ler um texto, procura interpretá-lo de acordo com os seus sentires momentâneos. Como que, esse - o texto- se moldasse a sentires diversos. Podemos até admitir que assim seja - se faz bem a alma-, tudo bem! Porém, não devemos esquecer-nos do perigo existente em não alcançarmos a " interpretação textual proposta pelo autor."

Não esqueçamos do acontecimento que marcou a literatura alemã através de Johann Wofgang Von Goethe, 1749-1832, quando através do personagem principal do seu romance "Os Sofrimentos do Jovem Werther". “Werther”, um jovem que suicidou-se por amor e, que desencadeou nos jovens daquela geração - não só na Alemanha -, por onde o livro passou, incontável número de suicídios, que levaram o “papa” a tomar a extrema medida de colocar o romance de Goethe no Índice dos livros proibidos.

O próprio amigo de Goethe suicidou-se.
Diante deste fato marcante o autor disse: "Onde eu me sentia liberto e aliviado, porque havia transformado a realidade em poesia, meus amigos se enganaram, acreditando que se devia transformar a poesia em realidade."

– Eis o perigo de não analisarmos coerentemente uma mensagem textual, e, procurarmos entender primeiro, os sentires do autor, para então, darmos vazão, aos nossos sentires.
O maravilhoso de tudo isso, é que, cada qual, dentro da proposta textual lhes apresentada, pode enxergar algo diferente que, no entanto, de forma alguma, deverá distar do proposto autoral.

EstherRogessi. Artigo:INTERPRETAÇÃO TEXTUAL. Categoria: Narrativa.24/09/10 Imagem Web.
Arte: By EstherRogessi



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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Analiticamente Falando

No silêncio da sala quebrado tão somente pelo ruído do ar-condicionado; na penumbra à luz do data show, uma atmosfera poética nos envolvia... e, nesse clima de magia, contritos estávamos. Bebíamos de cada interpretação poética; das performances apresentadas. Discutíamos análises textuais -lindas, maravilhosas -, desde Safo à Cazuza; desde o Renascimento, onde surgiram as primeiras poetisas, das quais, a francesa Louise Labé (a bela cordoeira), modernismo, pós –modernismo e a “ecriture féminine”contemporânea
- estrangeira e brasileira - e, a corajosa “ARTE QUEER.”
Surge um texto maravilhoso da “Contemporânea Adélia Prado.” Alguém começa a declamá-lo com muita propriedade...

CASAMENTO

(Adélia Prado)

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
Mas que limpe os peixes.
Eu Não. A qualquer hora da noite me levanto,
Ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
De vez em quando os cotovelos se esbarram,
Ele fala coisas como “este foi difícil”
Prateou no ar dando rabanadas
E fez o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos pela primeira vez
Atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
Somos noivo e noiva.

– Bem, daí por diante, foram várias às interpretações. Percebi a verdade contida na minha frase: “Cada um dá o que tem e recebe com o coração que tem. ” Pasmei! Alguém se fez ouvir:
– “Essa mulher precisa acordar!”
– E, a turma do “Maria vai com as outras,” ratificou a equivocada análise. Ouvi ainda:
– “...E, depois de limpar os peixes, ainda foram pra cama...”

– Foi quando um Dr. em Literatura ressaltou um fato conhecido por quem - da mesma forma que eu - admira Adélia Prado e, sabe muito bem, não ser ela “Amélia.” Disse o poeta, o doutor: “ É preciso que saibamos que a literatura de Adélia Prado é centrada na sua fé, ela é cristã confessa!”

– A que ponto chegamos!
Quanta confusão nas mentes tidas por literatas.
O contexto do poema de Adélia, nada tem a ver com Deus e, tudo tem a ver, à partir da premissa de que, “Toda boa dádiva, todo dom perfeito, vem do alto do Pai das luzes, onde não há sombra nem variação.” Bíblia Sagrada

–Como aceitar o casamento, como que, uma “instituição falida,” onde cada qual, deva transformar a própria “independência” em arrogante individualismo e auto-suficiência em todos os sentidos - descartando a idéia de companheirismo e de cumplicidade - comumente existente, não só no casamento, porém, em toda boa relação - enquanto essa existe?

Analisando o contexto poético de Adélia chego à conclusão lógica de que, primeiramente, de forma sutil, ela critica a mulher e esposa que não sabe ser companheira, partícipe e cúmplice de todos os momentos comuns, do /ou com o seu cônjuge; com a mesma sutileza dá a receita para uma relação duradoura e feliz: companheirismo, respeito mútuo pois, “acabou o respeito, acabou o amor.” O amor foi e será sempre, tal qual, uma plantinha que precisa ser regada e cuidada diariamente.

Sejamos femininas mesmo sendo feministas.

A fêmea seduz, joga com sutileza, mestria, candura, se compraz em ser possuída e deixando-se possuir...Possui!
Lida bem com política, causas sociais, cheiro de peixe... Sabe ser isca e anzol; sejamos Adélias e Amélias...
Femininas e feministas!


EstherRogessi.Escritora UBE.Mat.3963.Analiticamente Falando.Imagens Web. Arte By Estherrogessi.22/09/10.



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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

REFLEXÃO SOBRE O EU LÍRICO & POÉTICO DE VIRGÍNIA WOOLF


De tanto que quis fazer... tudo fez
e, sem si satisfazer.., satisfez;
do muito que quis fazer, pouco fez...
Insatisfeita buscou em tudo encontrar
... procura vã!
Olhar perdido, tempo investido
... sons desconexos entre o delírio e a lucidez!
Estava tão perto... o espelho diariamente a mostrar...
Jamais si viu...
Não conseguiu si encontrar!

EstherRogessi. Prosa. 19/09/10. Imagem Web. Arte: By EstherRogessi
19/09/10



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MANHÃ PRIMAVERIL


É manhã, linda manhã...
O sol tênue dá brilho ao meu jardim e, as muitas flores se abrem para receber os seus raios cândidos, a esta hora, de início de dia. O orvalho da noite as umedeceu numa rega sutil e feminina... É primavera!
Margaridas, petúnias, rosas e jasmins.., colorem a minha paisagem; lindas borboletas a sobrevoam, dando maior beleza ao quadro e, um esbelto beija-flor baila e para no ar... Suga o néctar de uma rosa prazerosa em servi-lo.
A umidade da noite refletida nesse cenário multicor... Faz-nos ver o viço existente em cada uma delas... Do meu quarto... sinto o cheiro dos jasmins que, embranquecem o canto do jardim...
Bendigo ao Criador; bendigo a natureza...É primavera!


EstherRogessi. Prosa Poética: Manhã Primaveril. Fotografia by EstherRogessi.20/09/10.


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AO NATURAL


Sem pagar recebi brisa
Alegria, calmaria.., cheiro de marizia
Cândidos raios de sol,
Amenizando os meus dias

Lindas cenas naturais
... Certeza de um Ser maior!
Respingos de cachoeiras
Cantos dos rouxinóis.

Sem pagar... tive o melhor:
Liberdade pra correr
...em campos, lindas pastagens;
Cama macia de relva...
A lua como abajur...

Minha veste mais sublime
Foi a que jamais se viu...
A que reflete meu eu
...o meu verdadeiro nu!

EstherRogessi. Escritora UBE Mat.3963.Poesia: AO NATURAL. Imagem Web 20/09/10


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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ÁFRICA LUSÓFONA FEMININA


Escreve...Descreve dores, horrores em prosa e verso.
Grita! Ó lusófona...Denuncia tua indignação!
Sê contra os colonizadores e os sipaios dessa nação!
Nossa essência é incolor!
Nosso grito é só de dor!
Gemas brutalizadas, lapidadas por senhores,
Quantos cortes sofreram...quantos ainda virão?
Os que si fizeram seus donos.., escravagistas,
Colonizadores, diamantes negros vertendo sangue
... a morrerem nas camas de seus senhores!
Meninas violentadas, despetaladas,
Trucidadas, tal qual, Suhura...!
O branco querendo impor-se ao negro.
Bobagem! Belo mesmo é a aquarela...
Branco, cinza, vermelho, azul.., lindas são todas elas!
Preto, verde e o amarelo, das nossas terras!
Tuas mulheres, África.., na machamba a machambar,
e, teus moços na cozinha, servindo à casa,
forno e fogão e nas horas vagas..servindo ao patrão!
Toda dor vivenciada.. Veio nos transformar,
no que é mais precioso que petróleo;
geratriz de força e vigor;
bálsamo para o sofrer da estrada...
Preciosidades que nem o colonizador,
E ainda menos o sipaio pode calar:
Literatura, poesia... Linguagem d’alma d’ Àfrica Lusófona Feminina
Lília Momplé, Paulina Chiziane, Chó do Guri, tantas outras lá,
Outras tantas cá...Tu, aí.., eu, aqui!

EstherRogessi. Escritora UBE. Mat.3963. Prosa Poética: África Lusófona Feminina.
13/09/10. Imagem Web. Arte por EstherRogessi


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O MEU MELHOR PRESENTE DE NATAL



Naquele 23 de dezembro, acordei durante a madrugada, e, na minha cabecinha de criança, contando apenas 07 anos de idade, fiquei sonhando acordado com o Natal. Eu não sabia bem o que era, porém, ouvi os meus colegas do ‘Grupo Escolar’ contarem uns para os outros, dos pedidos feitos ao ‘Papai Noel’... E, timidamente perguntei-lhes: – Quem é? Vocês têm um pai com o mesmo nome?
– Não! Seu bobo... Papai Noel é um velhinho que no dia de Natal dá presentes às crianças... Você nunca ganhou presentes dele não?
– Não... eu não tenho pai.
Imediatamente Hugo respondeu: – Não é preciso ter pai pra ganhar presente do papai Noel não!...
Perguntei-lhe: – Não?...
– É claro que não! Eu não tenho pai, mas todo Natal Papai Noel me dá presente!
Falou o Marquinhos, outro colega nosso, todo orgulhoso... E perguntei espantado:
– Ah... Ele dar mesmo? Como é que eu faço? Como é que ele vai saber onde moro?
Hugo disse alegremente: – Minha mãe me ajuda a fazer o pedido, me diz o que é melhor. Sabe? No Natal passado, eu pedi uma bicicleta, então a minha mãe disse que o Papai Noel era muito velhinho e que era difícil para ele subir o morro, carregando tantos presentes e, ainda mais, uma bicicleta pesada... Eu concordei com ela e pedi um carro bem bonito...
– E ele deu?
– Claro! Igualzinho ao que eu mostrei a minha mãe!
– Ah...

Fiquei pensando durante todo o dia... Como eu queria ganhar um presente... Quando mamãe chegou do trabalho – minha mãe trabalhava há dez anos na casa de um casal de médicos –, contei para ela sobre a minha conversa com os meus colegas. Ela ficou em silêncio, olhando para mim... E vi lágrimas escorrendo por suas faces... Perguntei-lhe: – Por que a senhora está chorando, mãe?
– Por nada filho... É que eu cresci sem natais, e, esqueci de fazer você viver os seus...
Perdoe-me, filho... Mas, o que você gostaria de ganhar mesmo?
– Um carro bem bonito!
– Vou falar para o Papai Noel, está bem?

Ah! Que alegria eu senti... Pela primeira vez, eu ganharia um presente do Papai Noel...
“Papai!” Que palavra mágica! Boa de falar... Ah! Eu cresci chamando mamãe e só mamãe. Não sei do meu pai...
Algumas vezes eu perguntava a minha mãe: – Mãe, por que eu não tenho pai? Por que eu não sou como as outras crianças?
Ela rodeava, porém, não me falava a verdade.

Foi perdido em sonhos, com a alma agitada, que naquela madrugada abafada, no escuro do meu barraco, fitando o teto de zinco, me refrescando através dos chuviscos de uma chuvarada repentina, que se fez cair..., no descanso do desconfortável sofá sem pés, rente ao chão, com um único lençol que eu tinha de optar entre forrar o seu plástico barato, para não me esquentar as costas durante o sono, ou, me cobrir, me livrando dos pernilongos que brigavam entre si, em disputa pelo meu sangue. Já passava das vinte e quatro horas. Havia uma casa de jogos próximo ao nosso barraco, que costumava fechar muito tarde, eu ouvia os comentários da vizinhança, que o seu fechamento se dava após às vinte e quatro horas... Ouvindo o barulho do fechar de portas, deduzi ser muito tarde... A minha mãe ainda não tinha chegado, porém, eu não sentia medo, os meus pensamentos eram tão bons... Quantos sonhos!

Pelos furos do zinco percebi pequenos raios luzentes, entrando e causando um efeito bonito no nosso barraco de dois cômodos. Os pingos fortes da chuva, faziam-se ouvir no zinco... Era como se Deus estivesse a me falar em mensagem codificada: ‘Estou bem presente aqui, não estás só! Trago o céu para ti como presente de Natal, essas são às luzes de todos os natais que você não viveu meu filho!...

Comecei a chorar mansinho. Eu era criança, não entendia... Mas, no meu coração, eu ouvia uma voz doce, que, de repente, deixou de falar dentro do meu coração e inundou o nosso barraco. Uma doce voz que soava forte; que se fazia ouvir como que fosse amplificada, enquanto que o lugar simples e humilde ficou repleto de estrelas... O chão de barro batido, os poucos utensílios e projetos de móveis, a ‘minha cama’; tudo estava bordado por estrelas de luz tênue...

Sou o teu Deus! O Pai dos órfãos e o marido das viúvas... Sou eu que zelo por ti e vou te dar o presente de Natal que, Noel não poderá te dar . Não o receberás, aqui, no morro, mas te farei descer para recebê-lo, porque SOU o teu Deus!

Não sei se aquela voz se alongou ao falar-me... Foi um bálsamo para a minh’alma inocente e ansiosa, perdida em questionamentos mudos. A doce voz inundou, não só os cômodos do nosso barraco, porém, a minha alma... Adormeci ouvindo-a..., não vi a minha mãe chegar. Acordei com ela me chamando, me apressando, pois, iríamos passar o Natal na casa dos patrões da minha mãe – o casal de médicos–, algumas das vezes ela me levava para passar o dia lá..., juntinho a ela naquele apartamento imenso e elegante.

O Dr. Fábio ficava olhando-me demoradamente... Algumas vezes era carinhoso... Eles não tinham filhos, a Drª Olívia – sua esposa– era estéril. Eles estavam em férias. E planejavam viajar logo após o Natal. A minha mãe também teria férias... Poderíamos ficar juntos por mais tempo. A Família dos patrões da mamãe moravam em outro país...distante, muito distante!

Naquela noite de véspera de Natal éramos em número de quatro. Jantamos alegres e, em seguida, a Drª Olívia nos convidou para nos assentarmos junto à grande árvore de Natal, muito bonita e iluminada, com várias caixas de presentes embaixo... A vista de todos o Dr Fábio calmamente me perguntou: – O que você pediu ao Papai Noel, filho?
Olhei para ele muito sério e lhe respondi: – Eu e minha mãe pedimos um carro bem bonito... Mas, eu ouvi uma voz muito bonita e calma no meu coração dizendo que Ele era o pai dos órfãos e marido das viúvas e que eu não estava só... e, que iria me dar um presente que o Papai Noel não poderia me dar, e eu teria que descer o morro para recebê-lo... Eu já não sei mais o que vou ganhar... Sabe o que eu queria mais do que qualquer presente doutor?
– Não, filho! Não sei... O que?
– O meu pai! O meu pai de verdade! Eu só tenho mãe...
Sem entender, vi o Dr. Fábio chorar como eu nunca pensei que um homem pudesse fazê-lo...

Mesmo eu sendo tão pequenino, entendi que algo muito sério estava acontecendo naquela noite de Natal... E espantado vi o Dr. Pegar as mãos de sua esposa, e, lhe pedir perdão, em pranto, a minha mãe nervosa colocou as mãos na boca e gritou: – Não! Não conte Fábio!...
Fiquei mais confuso ainda... A minha mãe chamara o doutor, simplesmente de Fábio... Ele não a ouviu e contou a doutora Olívia – a sua esposa – que eu era seu filho... Não ficamos para a entrega dos presentes..., mamãe me pegou e saímos rapidamente...

A minha vida mudou, a nossa vida mudou! Minha mãe não mais precisou trabalhar em casa de família. Eu ganhei o pai que eu pensei não ter, o doutor Fábio me reconheceu como filho. Nos deu uma casa decente, uma pensão para minha mãe cuidar de mim... E sua esposa ao longo dos anos, lhe perdoou. Não se separaram. Não fiz a infelicidade deles, causei lágrimas, é verdade...Sem querer fiz a boa doutora sofrer...

Entendi que eu não deveria desejar presente algum na vida... Além do que 'Àquela doce voz’ me deu. Ele cumpriu com sua palavra!
A verdade sempre vence! Pois, ela é amor, é fruto do Espírito de Deus e o amor vence o mundo!

EstherRogessi.Escritora UBE. Mat. 3963.Conto: O MEU MELHOR PRESENTE DE NATAL. Categoria: Narrativa.16/11/09.


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DESEJOS DO CORAÇÃO


Não mais sou aquela criança que às vésperas dos natais longínquos... sonhava em agonia, com o término da noite e lutava contra o sono para te ver chegar durante as madrugadas, Noel!
Ansiosa eu colocava meus sapatinhos bem arrumados embaixo da cama.., esperando a tua visita que eu sabia ser breve... Quantos lares tinhas que visitar!... E, ao amanhecer, de um salto.., eu me punha em pé!
Os meus olhos seguiam direto a procura dos meus sapatos, onde um ajudante teu – quantos desses tens mundo afora... –, tinha colocado o meu presente.
Lembro da boneca duura... baraata... que o teu ajudante me presenteou!
Não mexia a cabeça, nem os braços e menos ainda as pernas. Os olhos eram pintados... Porém, como me fez feliz...!

Fui crescendo e o meu entendimento cresceu comigo...
Quantas perguntas eu fiz a mim mesma... Algumas sem respostas, outras... vieram a mim no decorrer do tempo.

Como é lindo o Natal!
É uma festa que simboliza a paz e a fraternidade entre os homens. Tudo é tão singelo, tão mágico! Tão saudoso... Mesmo, para os que ainda, não têm porque sentir saudade. Tudo é vermelho, verde e branco... Sangue, vida e paz!...

Ah! Hoje, percebo, infelizmente... que, a maioria, comemora tudo nessa época, menos o que se deve comemorar de fato! O personagem principal está tão distante de cada um deles...

É uma festa cuja preparação é uma forma de exaltação própria!
A casa é limpa ornamentada, troca-se móveis e utensílios; se faz faxina nos armários e guarda-roupas. É momento de inovação exterior... As geladeiras ficam repletas de guloseimas; de supérfluos, para alimentar a quem não tem fome... Afinal, é NATAL!!

Foi em busca da compra de presentes que me deparei com a ‘realidade da época’... Ao chegar a uma grande loja de brinquedos... Observei um pai testando um carrinho guiado por controle remoto. Feliz, tal qual, uma criança... Indeciso entre levar o carrinho ou um helicóptero que, parecia ser mais real, do que se pudesse imaginar...Com certeza, aquele pai estava propenso a si presentear, tanto quanto, ao filho. Quem sabe? Talvez, quando criança, recebera presentes como os que eu recebi... (e, graças a Deus por tê-los recebido...)

Naquele momento de observância, percebi uma criança maltrapilha – menino de rua – admiradíssimo com tamanha beleza... Ele assentou-se no chão e ficou embevecido. Os seus olhos brilhavam, como as luzes do Natal... Ora, olhava o carinho que fazia manobras radicais, guiado pelo comprador-criança; ora, fitava para o alto, vendo o helicóptero voaando... tal qual, um pássaro.

Foi em meio aquele enlevo que chegou um vendedor desnaturado, insensível e o colocou para fora, puxando-lhe pelo braço grosseiramente. O meu espírito se constrangeu! Quando me recuperei do choque momentâneo, gritei: Pare! Não faça isso! Respeite a criança... Suas vestes estão sujas, porém, a sua inocência é limpa... Não a manche! Deixe-o em paz! Ele está comigo... O homem saiu desconfiado.
Perguntei ao garoto: – Qual deles é o mais bonito?
E ele respondeu: – O avião!!
Papai do Céu – hoje eu sei o nome correto – realizou o sonho daquela criança.
Eu sei, o quanto dói, não ter um sonho realizado. O que é fácil e corriqueiro para milhares, pode ser de suma importância para outros tantos.

Eu tenho um sonho há dez anos... Sei que se tornará real... Viverei até lá!

EstherRogessi.Miniconto de Natal: Desejos do Coração.Categoria:Narrativa.23/12/09


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domingo, 12 de setembro de 2010

COBRANÇA INDEVIDA


Naquela saleta, quieta, onde cada um se preocupa em não si mostrar; cada um escondendo a própria realidade, e os seus sentires, vez em quando, olhavam os seus relógios demonstrando a inquietação por desejarem ser atendidos com brevidade, e, assim, poderem sair correndo, sem um “até logo,” rumo as suas prisões sem grades, ou, “a liberdade vigiada.” Cada um estava preocupado em ouvir o diagnóstico do corpo sem se importarem em saber o diagnóstico da alma.

Eu, continuava em silêncio... na observância, discretamente, buscando captar essências e aprendizado com o mais complexo dos seres.
Quantos entravam olhando para o alto, ignorando os que lá estavam...ou, mudos, olhando para os pés.

Foi quando entrou aquela mulher, ainda jovem, mulata bonita, acompanhada por um homem muito mais velho que ela. Grosseiro no falar e tratar. Ríspido pediu os documentos da mulher, que, ao entregá-los..quase ficou sem os dedos, tamanha grosseria daquele homem que penso,um dia, ter sido gentil e amoroso, com aquela que lhe confiou o corpo e a vida.
Teve sonhos dourados que os viu transformados em tenebrosos pesadelos.

Pensei:-Deus! Como serão os momentos íntimos dessa mulher, com esse, que o papel diz ser marido?

-Ela sentou-se perto de mim... sorriu timidamente, com um cumprimento leve. Os seus olhos, não tinham brilho. O brilho da vida, da alegria que irradia do nosso ser; o brilho que vem dos nossos sonhos... Ele, procurou distanciar-se, indo sentar em uma cadeira que ficava na saleta ao lado.
Calmamente ela retirou um caderninho da bolsa e começou a escrever... mergulhou naquela escrita, por um longo tempo. Até que parou, fechou o caderno e colocou-o ao seu lado.

Continuei na observância... Até que fui chamada para assinar uma guia. Na volta, a mulher não mais estava na sala, no lugar que antes ocupara..o caderninho tinha ficado, esquecido.
Perguntei na recepção sobre o casal, queria devolver o que para a mulher parecia um tesouro... A recepcionista, disse: – Saíram de repente, o homem levantou-se irritado por não ser atendido logo, puxou a mulher pelo braço e foram embora às pressas...

Busquei encontrar o nome, endereço, telefone, nada encontrei. Voltei a perguntar a atendente, se ela poderia me fornecer o endereço ou o telefone do casal, para car de desconfiança, respondeu-me:
– Não! É contra as nossas normas...

-Não quis ir adiante.. simplesmente, eu disse: "caso ela volte e procure o seu pertence, lhe autorizo a dar o número do meu telefone, diga que estou com ele..."

-Coloquei-o na minha bolsa. Como entregá-lo em confiança a quem não confiou em mim?

Chegou a minha vez, fui chamada para exames de rotina. E, na volta a casa, a imagem daquela senhora continuava em minha mente. Depois de estar em casa, procurei com mais calma, alguma coisa que identificasse a dona do caderninho... Em vão!
Na busca, li um título que me chamou a atenção: “Cobrança indevida” não me contive, e li o que constatei ser uma poesia existencial:

"Uma vida inteira juntos
Metade da vida... menos da metade, cada um... sendo um.
Para ele, a casa virou hotel... eu, a governanta:
Casa limpa, mesa posta, roupa lavada..e, umas rapidinhas
...que não me dizem nada!
Para mim, o seu menor gesto – pensa ele ser carinho –,
leva-me ao desespero...Repúdio.. minh’alma rejeita!
Pensar que um dia... o quis...!
Para onde foi o amor?
Será que cheguei a ser feliz?
Em qual momento houve a ruptura?
Foram tantos atritos... rachaduras..!
Navalha na carne e ela esfacelada... E, aquelas mãos
...golpeando-me o rosto, e, fazendo-me árida!
Ainda me cobras?"

– Que lindo!
Escritos intensos.. d'alma sofrida! Renúncia de uma vida.
Quantos destes existem nos fundos das gavetas? Alguns largados, esquecidos, como se esqueceu a vida...

Dois anos se passaram...tornei-me herdeira de um tesouro, e, àquela mulher - quase morta -perdeu sua alma!

EstherRogessi. Escritora UBE. Mat. 3963. Cobrança indevida. 12/09/10



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terça-feira, 7 de setembro de 2010

A FERA DA ESTRASTOFERA



Há uma fera na estratosfera
Invisível, silente, destruidora...
Na estratosfera há uma fera solta
...gerida por outras feras soltas na terra!
Faminta a absorver o invisível,
o nosso escudo, protetor contra os
[raios ultravioletas...
O “Ozônio” o amigo do planeta.
Ó fera... Terrível é a verdade, cruel identidade.. CFC
...CLOROFLUORCARBONO o fim do vivente ser.
Uma única molécula tua destrói cem mil
[das de ozônio...
Aos 16 de setembro de 1987 46 países assinaram
“O Protocolo de Montreal” vitória sem igual.
Comprometimento com a vida; com o planeta,
responsabilidade de não mais te fabricar...
Porém, o "Mercado Negro.." luta em dar-te vida,
questão de ganância, avareza...Nenhuma
importância de deixar o planeta sem defesa.
Frank Rowland e márcio Molina,
químicos, ganhadores do Prêmio Nobel da Paz
Em 1995, fizeram a grande descoberta...
Esperança de vida para o Planeta Terra!

EstherRogessi. A Fera da Estratosfera. Imagem Web. Montagem por EstherRogessi, Fontes: Cool Text. 07/09/10


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POETA DO FUTURO

Saber estruturar poesia é fácil...
Difícil é ser poeta!
Leio muitas poesias...poucs poetas encontro...Porém, os que encontro são poetas!
A inteligência do homem poderá levá-lo a descobrir metodologias para se fazer poesia; para informatizá-las e transformá-las...em sofisticados softwares.., que futuramente serão encontrados nas prateleiras de supermercados; em lojas de conveniência.
Geradores de poesias...Jamais poetas!

EstherRogessi. Poeta do Futuro. 07 09/10.


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Quem sou eu

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Baronesa da Gothia Rogessi de A. Mendes (EstherRogessi). Pernambucana, outorgada com Título Nobiliárquico - Alta Insígnia BARONESA DA GOTHIA da Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente, DAMA COMENDADORA da Real Ordem dos Cavaleiros e Damas Rei Ramiro de Leão. Comendadora pelo CONINTER ARTES.. Escritora UBE/SP; Embaixadora da Paz (FEBACLA); Artista plástica, Membro Correspondente de várias Academias de Letras e Artes Nacionais e Internacionais. Consulesa e Comendadora. Tem escritos publicados em Antologias e Revistas Virtuais, no Brasil e exterior. Publicou o seu primeiro livro solo, pela Editora Literarte intitulado "Conflitos de uma alma" Romance ISBN 978-8-5835200-8-5 EstherRogessi recebeu várias premiações nacionais e internacionais.