segunda-feira, 31 de maio de 2010

PARNASO!


Ó Apolo... Não poetizo as tuas musas...

Nem me faço ouvir sobre o parnaso no centro da Grécia

- imponentes montanhas, firmes, belas

...rígidas, tais quais, os seios das tuas amantes...

Poetizo à poesia...ao florilégio poético,

aos sentires diversos e afins...

A candura existente em cada traço
... Ao parnaso!


EstherRogessi, PARNASO, Recife, 31/05/10

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sexta-feira, 28 de maio de 2010

NOTÍVAGA


Sou notívaga, sou ativa.

Quero vida..vejo a morte!

Vivo a vida... Mortífera sorte.

Vim do sul e vou pro norte.

Sou nubívaga, sou sublime...

Nefelibata.. voo alto!

Rumo, sem rumo..rumo às vagas.

Sou undívaga, d’encontro as ondas

Não as encontro, só desencontros..

Encontros vagos... Cheiro de mato,

chão d'estrelas, vaga-lumes

...vagueiam na escuridão.

Seus lumes reluzem...

Fazem um céu no meu chão!

Cristais escorrem dos olhos meus

Denso véu, pouca visão... Olho pro alto,

Outro céu vejo, estrela cadente...

Chora comigo.. no firmamento, clarão, lampejo!


EstherRogessi, NOTÍVAGA.28/05/10. Imagem: Web
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quinta-feira, 27 de maio de 2010

DÉLIA E O GIGANTE (Miniconto)

Paulo amou a Adélia desde o primeiro instante em que a viu.
Ó que linda donzela...! Virgem! Maria..virgem!
Com o coração transbordante de amor, não demorou a casar. Que felicidade!

Paulo trabalhava em sistema de escala de serviço - ora, durante o dia e ora, à noite -.Quando acontecia de dormirem juntos, Adélia acordava cedo, não se demorava na cama. Paulo queria enroscar os pés nos seus..enfiar o nariz nos caracóis dos cabelos de Délia - era assim que ele a chamava - e, outras coisas mais, que o conduzia ao céu..
Porém, ele sempre si perguntava: Qual a razão de Délia acordar tão tarde quando ele trabalhava à noite...?

Aconteceu de Paulo beneficiar a um colega, dobrando a sua escala de serviço e, assim, recebeu do mesmo, a dádiva de poder dormir em casa naquela noite...Que felicidade!
Iria surpreender Délia, tão sozinha naquela cama enorme!

Ao chegar a casa, entrou de mansinho..para surpreendê-la.
Grande foi a surpresa de Paulo...! Um homem enorme estava em pé no seu quarto, enquanto que, Adélia - mulher pequena, porém, de boca grande - batia-lhe quase que a cintura, se deleitava em carícias com o visitante noturno.
Paulo era pequeno e franzino, não teve outra saída a não ser gritar: Solta a mulher do outro!



EstherRogessi, Miniconto: Délia e o gigante, categoria: Narrativa. 28/05/10
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TESOURO PERDIDO

A busca incessante do ser,

por perder o que tinha às mãos

...sem entender o seu real valor,

e..continuar sem ver, simplesmente

por não si encontrar..!

Olhar inquieto, inquietante busca;

respiração ofegante, ansiedade

...necessidade, ociosidade.

Tanto teve, tanto deixou para trás...

E, hoje, que falta tudo faz!



EstherRogessi: Prosa: Tesouro Perdido, Imagem: Web Mural dos Escritores 28/05/10
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Teoria Literária: O Uso de Tangs


As Tags são palavras-chaves, usadas para agrupar diversas informações que tratam do mesmo assunto publicado. Aparecem sempre separadas por (,) vírgula.
Por muitas vezes, nos deparamos com textos literários, nos quais, se pede o uso de tags, porém, dificilmente, estas, são colocadas de forma correta. Comumente, se pensa – como eu pensava –, que se podia colocar como tags, palavras soltas do texto... Sem ter a certeza, a consciência devida, do seu uso correto.

As tags servem para um sistema de busca por autor, título, referência do(s) assunto(s) do conteúdo, e/ou endereço virtual, dentro da Plataforma Ning e também pelo Google e outros sites com sistemas de busca, podendo cada palavra-chave ser formada por uma palavra solta ou um conjunto (neste caso, vem entre aspas), podendo trazer também referência do(s) assunto(s) do conteúdo textual, caso o título não deixe isso claro ou não consiga contemplar tudo.

Exemplificando o uso de tags no texto abaixo:

"... Maravilhosa realização é para a mulher gerar e parir. A alma do poeta é uma geratriz e parideira incansável..., cada obra a fluir do mais íntimo de sua alma – tal qual mãe, que parindo ao filho se acalma -, deleita-se em ter às mãos, no momento, revelada a obra que até então, achava-se em descanso dentro de si. A mente do poeta é geratriz de filhos perpétuos..."

Tags: O Poeta Não Tem Sexo, Pensamento, Mural dos Escritores

Comentário de Luiz Dias Vasconcelos em 21 agosto 2009 às 16:12

Amiga,enquanto espero o caminhão do leite que me levará para a roça às 17 horas, virtualmente já voltei. Voltarei para reler " O Poeta Não Tem Sexo". Razão, entrei em uma "venda" para comprar panos de chão, pois meu alisador de poltronas é desminliguido e viajarei sentado na tampa da lata de leite e não é que um moço saiu com esta: "Ai! Depressa me arrume um racha e breia, meu caminhão tá saindo". Procurei saber o que ele dissera e descobri que era isto: AÍ, me arrume um pão com manteiga,etc". Depois dessa, vai lá o Luiz entender Tags? Abraços, amiga.

RESPOSTA AO COMENTÁRIO DO AMIGO LUIS...

--Amigo Luis...
Para o homem simples do campo – o brejeiro –, que não aspira a nada mais, do que, viver da roça e, nela morrer.. fica bem o desconhecer a linguagem literária, tanto quanto, a informática – o que seria dos doutores, se não existisse o homem do campo – Amo a simplicidade do campo em todos os sentidos.
Porém, hás de convir, que, mesmo convivendo com este povo maravilhoso e, com a sua simplicidade de expressão oral, foi necessário saberes o significado das palavras que foram ditas, através de um deles, segundo o teu humorado relato:“a depressa me arrume um racha e bréia, meu caminhão tá saindo.”
Tradução: Aí, me arrume um pão com manteiga etc., terminas me perguntando: "Depois dessa vai lá o Luiz entender de Tags"?
Ó Luiz.. quem pergunta quer saber... Mesmo na tua simplicidade de homem do campo, creio, viajando sentado na tampa da lata de leite, tens um compromisso com a Literatura e com os teus leitores, dos quais, eu sou uma. A Internet é um fato! E tenho certeza, de que, se eu não correr atrás desse aprendizado, serei uma escritora analfabeta no mundo da Net, como de fato ainda estou a ser. Por esta razão, procuro informação a respeito e a compartilho com os que como eu, são desejosos de aprender...
É meu dever. Propus - me a escrever, tenho que acompanhar o desenvolvimento, porém, se for preciso, saberei ouvir bem, a linguagem peculiar do homem do campo e me maravilhar com tal.
Nasci, na zona da mata, Palmares /PE com orgulho. Cresci pescando à beira do rio que, passa no quintal da casa que meu pai – um simples caminhoneiro – herdou do meu avô, dono de uma serraria na cidadezinha de Água - Preta – PE ( Município de Palmares). Minha raiz é brejeira.. com orgulho!
Creio, que, por isso somos amigos... Temos certas afinidades. Espero-te... Certa de que bem vais entender o contexto de: “O Poeta Não tem Sexo.”
Abraços poéticos e com Tags!..

EstherRogessi, Teoria Literária: O Uso de Tangs. Categoria: Narrativa. Fonte e imagem: Web Mural dos Escritores. 21/08/09.

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

DOLOROSA ESCOLHA


Karla teve uma vida abundante, plena.. casou-se aos 17 anos, com Adolf. União baseada em um amor sublime, verdadeiro.
Durante toda a sua vida, jamais houve razão alguma, para que, não pudesse confessar a abundante felicidade por ela vivida em família.

Mãe de três lindos filhos: Anne, Laura e Freud. Todos formados e independentes financeiramente. Porém, afetivamente muito ligados aos pais. Uma família próspera e feliz. Todos adultos e com suas famílias formadas.

Karla vivia e via a multiplicação de sua família, três filhos e oito netos que, fazia os seus dias, mais felizes do que já vivera ao lado de Adolf... A doutora Karla, aos 76 anos de idade, sabia o que era paz, equilíbrio familiar e financeiro. Dedicou-se com esmero e prazerosamente a família e a medicina, ao lado do seu amado esposo Adolf, também médico, e que, contava seus 84 anos, sem abrir mão do exercício profissional. Agora, se depara com um diagnóstico, bem claro, para ambos, sobre uma enfermidade cruel, incurável que, estava desde então arrebatando-lhe a vida.

Começa então, a viver e conviver com as intempéries da vida. Ela não tinha esperanças e nem tampouco seu esposo. Como médicos, conheciam bem cada estágio e o agravamento progressivo do mal que lhe acometera. O que Karla não queria e não só temia, porém, tremia de medo era de sofrer as dores terríveis que ela tão bem conhecia.. Passaram-se cinco meses. E, Adolf sentiu-se mal.

Os filhos pensaram ser resultante das preocupações. Do estresse, por presenciar o desespero de sua esposa e às consequências pelo sofrimento mútuo.

Adolf foi medicado e, logo foram requisitados exames. O Dr.Harold, seu colega o atendeu e fez questão de continuar assistindo-o.

No dia seguinte, o Dr. Harold liga para o filho de Adolf e constrangido lhe expõe o quadro clínico de seu pai.. Um câncer, em estágio adiantado.

–Deus! Como pode? Por quê? Estamos a perder os nossos pais, de uma só vez?

Freud não conseguia entender. Reuniu os irmãos e, contou-lhes a terrível notícia. Grande desespero! A paz que, era peculiar, aquela família deixou de existir. Porém, diante dos seus princípios éticos, de total transparência familiar, não poderiam esconder dos pais, o cruel resultado.

Reuniram-se e choraram juntos.

Os doutores, porém, receberam a notícia pelos filhos, de uma forma muito estranha.. Eles – os filhos – puderam presenciar, após um longo tempo de sofrimento, uma calma inquietante no semblante dos seus pais. Foi desconcertante para todos. Eles não entendiam as suas reações.. A doutora Karla trazia no rosto sofrido, uma espécie de riso calmo.. e, o doutor Adolf segurava às mãos da esposa, acariciando-as.., com àquele mesmo sorriso de cumplicidade. Sim, havia algo entre eles...

Era como que, tivessem conversado sobre algo e/ou resolvido alguma coisa que, até então, queriam ocultar dos filhos, da família. Mas, que não passou despercebido por nenhum deles.

O doutor Adolf, que desde o diagnóstico da esposa, resolvera tirar licença, durante toda a sua vida jamais fizera, vivia dia e noite ao lado de Karla. Naquela manhã, ensolarada, Karla e Adolf reuniram a família, para enfim, explicitar o desejo irredutível de ambos, concernente as suas vidas.

– Meus filhos, meus netos, queremos que vocês nos ouçam, sem interrupções, sem histerismos, mas, com a mesma calma que, vocês tem presenciado em nós, nos últimos dias. Pois, precisamos que nos ajudem a concretizarmos o último desejo de nossas vidas. Somos médicos, e durante o longo tempo em que, exercemos a oncologia, medicina do câncer, vimos e sabemos de todo o sofrimento, pelo qual, passam os vitimados por esse horrendo mal. Vivemos uma vida plena; concretizamos em vida, quase tudo que sonhamos; temos uma família linda e, não queremos vê-los definhar com o nosso sofrimento futuro. Sabemos que, não haverá uma morte calma para nós. Portanto, tomamos uma decisão: ajude-nos! Iremos a Suíça, ou a Inglaterra. Queremos nos inscrever em uma “clínica de suicídio assistido”. Pesquisaremos onde melhor poderemos estar nos últimos momentos de nossas vidas. Não nos neguem o direito de escolher entre a dor e a paz. Pois, morrermos dignamente, sem dor, e sabermos que estamos a poupá-los dos sofrimentos que, com certeza, todos vocês passarão assistindo ao nosso sofrer, é tudo quanto desejamos. Não nos obriguem ao contrário!

Todos ficaram como que, em choque!

Jamais poderiam imaginar tal determinação dos seus pais. Tão cheios de vida... Felizes! E, de repente, tais diagnósticos sucessivos.. E, como se não bastassem, agora, vem esse discurso macabro, infernal, inaceitável...!

Karla era agnóstica, não acreditava em Deus, por Sua existência não ser cientificamente comprovada. Porém, não descria da existência de um ser supremo. Só nisso, havia discordância entre eles, e, essa de forma educada. Pois, o seu esposo Adolf, sendo ateu, não cria na existência de Deus e, em nada, além da evolução natural das coisas.

Um silêncio oriundo da perplexidade de todos invadiu o aposento. E, um por um, saíram sem dizer palavra. Desceram as escadas do andar superior da casa dos pais e adentraram a biblioteca, como que, planejado. E, a portas fechadas, se abraçaram.. choraram, até que, Freud quebrou o silêncio.

– Como podemos concordar com tal atitude, com tal decisão? É assassinato!

Art 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos; Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena - reclusão, de dois a seis anos..

Infelizmente, existem essas clínicas de suicídio assistido, porém, a eutanásia é e sempre será assassinato! E, os que se dizem médicos, assistentes de tal ato, não passam de cúmplices nesses assassinatos.. Sou contra a eutanásia - se encontra disposto no caput do art.13 do CC/02, in verbis:

Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes -,

tanto quanto, da distanásia, pois, não podemos terminar uma vida antes do tempo, nem tampouco prolongá-la, como em casos que, foi comprovada a morte cerebral do paciente, porém, ele é mantido vivo, através de o “ventilador mecânico”. Prolongando-lhe o sofrimento!

– Eu sei, Freud.. mas, como proceder, diante da serenidade e decisão de ambos? Lembremos da argumentação deles..

– Anne.. lembremos de Deus; lembremos da Lei dos homens.. Eu sou advogado, como trair a minha crença na Lei e em Deus?

Art 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos; Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena - reclusão, de dois a seis anos...

Você não diz nada Laura?

Ó Freud! Estou petrificada com os últimos acontecimentos da nossa família.. Porém, estou meditando em um artigo que li há pouco tempo na Net. O artigo fala a respeito da Dignitas. Uma clínica de suicídio assistido inglesa. Tal artigo chamou-me a atenção tal absurdo, postado em um artigo da Web.

“O Times fala a respeito de mais de 100 britânicos terem colocado fim em suas vidas na popular clínica britânica Dignitas.

Que, não foge às inúmeras críticas por suas atividades. Existem denúncias de que, nem todos que procuram os seus serviços são doentes terminais. Estas são informações do jornal “Guardian” 21/06. O dito jornal obteve uma lista de 114 pessoas do Reino Unido que concretizaram o suicídio assistido nessa clínica.

Entre esses, fatos absurdos, tal qual, o de um casal, que tinha apenas problemas intestinais, três pessoas com problemas renais e outra que sofria de artrite. Tudo isso causou espanto e horror no professor Steve Field, do Royal College of General Pactitioners.


Uma antiga funcionária da Dignitas de nome: Soraya Wernli de 51 anos de idade, criticou certas práticas da clínica, em um artigo no dia 19/07. Wernli disse ao “Sunday Times” que, a Dignitas era uma máquina de fazer dinheiro para o seu proprietário Ludwing Minelli. Conta ainda que, persuadiu com êxito, a uma paciente com câncer, a desistir de cometer o suicídio assistido. Encorajou-a dizendo da possibilidade de ela ter uma vida digna e de enfrentar a enfermidade, através de medicamentos. Tempos após, a mulher escreveu agradecendo-lhe a vida”.


Bem, diante de todos esses fatos, não posso concordar com a eutanásia, sou da mesma opinião de Freud.. E, você Anne?

– Eu... penso neles. No que estão esperando de nós... Eles não percebem o que, estão a fazer conosco. Estão colocando às suas próprias vidas em nossas mãos! Não consigo entender.. Como podem, são médicos, fizeram o juramento de Hipócrates, como fugir?

– Você conhece o procedimento dessas clínicas, Freud?

Perguntou-lhe Anne.

– Sim! Já debatemos a respeito na faculdade... Bem, os pacientes, por vontade própria e de pleno acordo com a família, são levados a essas clínicas, tem o direito de desistir até o último momento, de praticar o ato. Assinam a documentação se responsabilizando pelo ato, assim como,os que, lhes acompanham. Instalam-se em um quarto bonito, bem decorado e alegre, com cama de solteiro, mesa com cadeira, janela que geralmente mostra uma linda paisagem e/ou jardim. Tudo é filmado. O médico que assiste ao ato mortal prepara a dose de barbitúrico que, é deixado à mesa, para que o paciente o ingira. Jamais alguém escapou a tal receita.
Finalizado o ato, a polícia é chamada, depois da verificação dos fatos, de posse da filmagem, se tem a “receita da morte” legalizada.

– Assim, Freud...?

– Dessa forma... Laura!

Enfim, decidiram. Não permitiriam tal absurdo! Amenizariam o sofrimento dos seus queridos, através de medicamentos; estariam com eles até o fim. Sem que, assim, praticassem a eutanásia, ou, ortotanásia –o não prolongamento do processo natural de morte, posição diametralmente oposta à distanásia –. E, assim, aconteceu naturalmente, sem dor.. Só a da família.



EstherRogessi. Conto: DOLOROSA ESCOLHA. Categoria:Narrativa. Imagem: Web. Fonte: Agência Câmara e pesquisa Web. Filed Under (Uncategorized, Eutanásia) by Dra. Tania Leimig on 25-10-2009. 22/05/10
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terça-feira, 18 de maio de 2010

Ânsia por ti


Desejo contido...

Olhos que anteveem o não vivido,

mãos que freneticamente buscam o inalcançado,

nariz, qual radar, a sentir seu perfume, que ficou no ar...

Boca que engole a seco, o gosto do beijo que não pude dar!

Ah!... Esse flâmeo desejo...

Que me agita, enrubesce e me faz lutar, querendo-o saciar!

Os lençóis de seda molhados... resultado do ato solitário,

por comigo você não estar!

Por quanto tempo ainda hei de te esperar?




EstherRogessi, Prosa poética: Ânsia por ti, 15/05/10

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PRELUDIO


És a concretização dos meus sonhos,
Minha doce realidade.
És terno, amável.. Amigo e amante.
Idealizei-te assim! Perfeito para mim.
Sou terna, carente... És envolvente!
Tenho alma sensível e tu.. sensível és.
Adentro o teu profundo.. com meus olhos, desnudo-te!
Viajo... presa aos teus braços!
És atraente e atraída sou, pela força dos teus ternos olhos.
Ficamos assim: eu em ti, e tu... bem dentro em mim.
O simples roçar da nossa pele é prazeroso... Enternece!
Sou mulher, e tu és homem, de fato!
Conduz-me a loucura usando o tato.
Quero que te prolongues... Prepara-me!
Preparei-me para ti... Banho perfumado,
paciente e doce prelúdio, tudo à mostra.
Choramos juntos, doce luta sobre as sedas...
Apegam-se aos nossos corpos, pétalas de rosas,
sons desconexos.. misturados a uma doce e inebriante melodia,
piano, violino e flauta... Docemente nos transporta a loucura, ao delírio...!
Somos bailarinos, és maestro, ágil batuta tens às mãos...
Maestria, mestria... Ó Menino!
Ó anjo.. doce anjo... Como és lindo...!
As luzes das velas, a penumbra reinante,
momento alucinante, tonto por um instante,
transbordas de amor... Desfalece algo em ti!
Exaustos enfim...
Olho-te.. olhas-me a sorrir...!




EstherRogessi, Prosa Poética Prelúdio, Mural dos Escritores, 17/02/09.
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/preludio-prosa-poetica
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ALIMENTO SURREAL


Desejo esquecer o desejo

Esqueço de o desejo esquecer...

Esse querer que ardentemente almejo,

o querer de querer, só querer...

O que ora, quero, almejo, desejo

...é o que há anos sonho.. sem ter.

O que tenho há anos esqueço,

não mais desejo, almejo...

Sempre o quero esquecer!

Permanece em mim o desejo,

de ter o que quero e almejo.

Eternizado está esse desejo

...alimentado pelo querer e não ter!


EstherRogessi,Poema: ALIMENTO SURREAL, 18/05/10
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NÃO DÊ ÀS COSTAS PRÁ MIM (Cordel)


Lembra daquele tempo?
Em que corrias pra mim...
Leve e livre... Pena ao vento,
e, hoje... tadinha de mim!
Não querias me soltar,
parecendo um beija-flor...
Teu bico a me sugar,
pobre deu, a me doar.
Sem comer, sem sentir fome,
por causa do bicho-homem!
Hoje, não queres me olhar...


O meu pai sempre de olho...
Pigarreando atrás de nós,
não podíamos ficar a sós.
Mãe, pra lá e pra cá...
Sempre a nos vigiar!
Nem assim conseguiu,
impedir de tu me embuchar!
No começo era tanto sono...
Querias cedo dormir,
agora, subo pelas paredes,
e, deitas de costas pra mim!

Parece que nada sou tua!
Lembro do início de tudo,
quando olhando pro céu
e, fingindo nada saber...
Assim, perguntava pra ocê:
–Mô.. o que brilha no céu?
–Ó querida... É a linda lua!
Tentei reviver o passado,
fiquei com cara de tacho,
quando tu disse: – Ó diacho!
Tu não sabes que é a lua?

Não tem mais jeito pra nós!
Olho por baixo dos lençóis...
Triste é a visão: cadê a tal ereção?
Deu cupim no teu mastro!
Que faço com minha bandeira?
Antes o pau tinha fogo...
Agora virou bananeira!
Tem que haver solução,
cansei de ficar na mão!
Palpita meu coração...
Não estou de brincadeira!

EstherRogessi.Escritora: Mat.UBE 3936 Cordel:Não Dê AS Costas Pra Mim...16/10/09.

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A Morte da Vida. (Crônica)

ESTE É O QUADRO DO RIO JABOATÃO DURANTE O VERÃO.. RETRATO DO DESCASO DOS POLITIQUEIROS


Fria tarde de inverno...
Do primeiro andar do meu aposento, olho através da janela e na paisagem encontro alento.
Atentamente tudo observo: pássaros voam no céu de cor cinza; outro beberica das águas barrentas do rio, que descem caudalosamente arrastando as impurezas da sua impura superfície.
Às águas bailam, gingam, indo de encontro às pedras, explodindo em chuviscos...
Homens pescam com suas redes. Procuram pequeníssimos peixinhos para lhes matar a fome, aproveitando a época hibernal – quando às águas da represa são liberadas, pelas chuvas torrenciais, no início do inverno. Assim, a barragem local, pode conter às muitas águas, que ainda virão durante todo o período.

Sim, logo ali, ao alcance dos meus olhos passa um rio. Um rio temporário, pois, o progresso que chegou a cidade, através das fábricas o contaminou. E o rio que no passado – dizem os mais antigos do lugar, ter sido um lindo rio de águas límpidas, no qual, lavadeiras se assentavam por sobre as suas pedras, para lavar roupas de ganho (ajuda para o sustento da família), e assentadas, com suas crianças abriam as latas de leite vazias, que usavam para armazenar o alimento, que lhes mataria a fome (farinha de mandioca com carne-seca), molhavam a farinha na água pura e fria do rio, fazendo bolos, comendo-os e alimentando as suas crianças –, era digno de ser chamado: Cartão Postal de Jaboatão Velho dos Guararapes- PE. Hoje, se transformou em rio temporário. E, durante o verão exala o mau cheiro, proveniente dos dejetos das fábricas; as ratazanas vagueiam sobre o seu solo rochoso a cata de alimentos, oriundos do lixo que muitos jogam ponte abaixo, sem que haja conscientização do grande mal que estão causando a eles próprios e aos demais.

A morte do rio Jaboatão – na cidade de Jaboatão dos Guararapes e/ou Jaboatão Velho, PE – é resultante da ação de homens, que dão mais valor ao dinheiro do que a preservação da natureza. Transformando uma fonte de vida em morte iminente.




Esther”Rogessi”.Crônica: A Morte da Vida. Categoria: Narrativa.Imagens: EstherRogessi.
22/04/09.
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sábado, 15 de maio de 2010

EU A LUA & A FAZENDA


O senhor Zé Quincas, era nosso vizinho, na cidade onde morávamos.
Homem de uma ótima situação financeira. Não lembro bem o motivo, pelo qual, ele nos emprestou a sua fazenda... Só sei, que foi um tempo muitíssimo bom, desses que guardamos para sempre! Ficamos na casa grande, com todas as regalias.
Lembro de cada detalhe: do piso de tijolos antigos; do ar puro, da imensa e singela pastagem... Que tapete, que cor!
Corríamos, soltos a brincar, até a exaustão... Subíamos nos pés de frutas e lá em cima, fazíamos a festa. Quantos risos... Quando chegava a noite caíamos duros de sono. Acordávamos cedinho, com o caneco de ágata as mãos, descíamos até o curral, onde o senhor José, sentado em um caixote, ordenhava a vaca mimosa. Às tetas da mimosa, cheias de leite, enchiam os nossos canecos, bebíamos leite até não mais querer... Que coisa boa!
Não havia luz elétrica... A lua se fazia dona de toda a atenção.
Na minha inocência, eu olhava para o alto e andava, andava, pensando estar sendo seguida por ela... Parava, e ela também, andava...idem.
De cabeça para o alto, ora, em caminho reto, ora, esbarrando nas estacas do caminho... Lá íamos nós! Eu não sabia ao certo, se era eu a segui-la ou ela a me seguir...
Outras vezes, como se fosse possível, eu corria da minha própria sombra. Quanta inocência!
A luz da lua me proporcionava momentos inesquecíveis!
Os meus amiguinhos se sentavam nos degraus da casa grande e brincávamos de passar o anel; de boca de forno; brincadeira de roda. Ah! Que saudade!
Lembro, de que, certa vez... mamãe nos deixou dormir um pouco mais tarde, tínhamos visitas em casa. E os três filhos da D. Alzira – os visitantes –, estavam conosco, participando das brincadeiras no pasto, a luz da lua. Os varais estavam com roupas, os lençóis branquinhos, que ao luar, pareciam está com anil; as toalhas que, o vento agitava com vigor.
A criança mais velha, contava seus quatorze anos de idade... sabido e muito peralta. Começou a contar estórias de fantasmas. Nós ficamos atentos, sem bater as pestanas, de boca aberta... Todo ruído era motivo de gritos e tremores, enquanto que o narrador mirim... Chorava de rir da nossa inocência. De repente, em meio à escuridão, ouvimos um mugido forte, e um barulho de cascos de boi em disparada... O garoto estava a contar a estória da “Mula sem cabeça”... Imaginem! Até ele parou! De longe, avistamos um vulto enorme, todo de branco a correr para lá e para cá... Entrando em meio as canas e saindo velozmente em disparada...
Toda a coragem do narrador caiu por terra!
– Mãae!
Ele gritou apavorado!
Às crianças estavam pasmas... O medo foi tão grande, que nos calou. Com as bocas abertas, tanto quanto, os nossos olhos... Parecíamos hipnotizados!
Grande foi a correria dos nossos pais, a perguntarem em uma só voz: – O que foi? O que está acontecendo?
O medo era tamanho, que só conseguíamos apontar para o canavial.
Os homens da casa correram... Foram caçar o fantasma de quatro pernas: “A mula sem cabeça”...
Depois de um bom tempo, lá vem eles, cansados, suados, a sorrir... Foi a mimosa que arrancou o lençol do varal e saiu em agonia, por não poder enxergar...
Todos começaram a rir ao mesmo tempo... Menos nós!
O narrador das estórias fantasmagóricas... Ficou envergonhado. Não quis mais contar nenhuma...

EstherRogessi.Conto cotidiano:EU A LUA & A FAZENDA, Categoria: Narrativa

O SORRISO QUE O TEMPO NÃO APAGOU


Quando criança, eu morava em uma pacata cidade interiorana. Na nossa rua, haviam várias casas antigas, de famílias tradicionais. Bem em frente a minha casa, ficava a casa do doutor Aluísio – dentista de renome e muito querido por todos –, homem gentil, e popular, embora rico. Não se podia dizer o mesmo dos seus filhos e de sua esposa... Não falavam com ninguém! Embora eu fosse criança, tinha uma percepção grande das coisas. Calada e tímida... Eu ficava a conversar com os meus botões: – Que gente estranha e chata!...
Lá na esquina, tinha um grande casarão, pertencente a uma família muito importante da nossa cidade. Um terreno imenso rodeava todo o casarão. Nele havia uma fonte, bem no meio do terreno, decorada por gansos e guines, que nadavam despreocupadamente. Eu me encantava com tudo. Os pavões abriam as suas caudas em roda, em um colorido lindíssimo; às araras, faziam o seu canto intrigante, imitadas por um papagaio sapeca, que a todo o momento gritava: Alzira... Alzira...
Eu chegava até os muros do casarão e de ponta de pé, com esforço... Subia no gradeado, para observar o cenário surreal.
Alzira era a filha dos donos do casarão. Uma jovem senhora, muitíssimo bela!... De pele clara, cabelos finos, um ar altivo e ao mesmo tempo sereno...
Há coisas que o tempo não apaga... Sempre que me assentava à frente da casa, no chão, no degrau da frente – coisa de criança –, eu via passar aquela jovem mulher, trazendo em seus lábios, um sorriso contínuo. Hoje, eu penso: será que aquele doce e constante sorriso, era por ver o meu encantamento em observá-la? Apesar da minha pouca idade, aquele sorriso adentrava em meu ser.., a minha alma indagava o por quê de sempre a mulher ter um sorriso nos lábios...? Ah! Como ela era bonita... Eu assentada no chão, e ela, a me olhar de cima para baixo... Até os seus olhos, sorriam! O que pode fazer um sorriso...
O tempo passou! Porém, em mim, o sorriso da mulher ficou!
Tantos anos após, bem sei, que, certamente, tudo nela mudou: os lindos cabelos se tornaram brancos, surgiram às rugas... Mas, aquele sorriso... Com certeza, ainda transmite um estado de "Graça espiritual"...
Que o tempo que tudo transforma, não possa ter transformado aquele sorriso; que não se tenha perdido no tempo, da mesma forma que não o consegui apagar da memória... Tudo isto, que parece nada ser, vem docemente me fazer aprender, o quão importante é o quase nada do presente, na construção das lembranças futuras, nas vidas dos que hoje são crianças...


EstherRogessi,Conto cotidiano: O Sorriso que o tempo não apagou. Categoria: Narrativa
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A DESDITA DE MÁRCIA


A solidão de sua vida inclinou-lhe a busca de sua cara metade, sem que ponderasse e/ou atinasse para os sinais, tão à mostra, de que aquela não seria uma boa escolha. Unir-se aquele homem, não seria bom!
Apesar de boa aparência e da aparente calma, algo nele inquietava, incomodava, intrigava.. Era Como que, se pudesse vê o rabo do gato que, pensara está escondido por trás da cortina... Conselhos foram dados, porém, por ter independência financeira, ser uma pessoa bem sucedida, conhecida e reconhecida profissionalmente, pensou: – Se não der certo, parto pra outro relacionamento.
Estas são palavras que, comumente ouvimos, quer de jovens, ou dos que se acham maduros em suas ideias, porém, se assim fosse saberiam que, relacionamento é mais sério do que se possa imaginar. É partilhar cama e mesa, é abrir mão do que antes se tinha por seu. Quando a escolha é certa, vemos acrescer tudo em volta: materialmente, psicologicamente e espiritualmente falando. Quando não, são perdas irreparáveis em todas às áreas e marcas profundas..Há um dito popular: “O amor é cego”, penso que, ao contrário, ele – o amor – deve “enxergar com binóculos”.
Márcia, não mediu às consequências do seu ato insano.. Casou-se e, passados os poucos meses, após seu casamento, começou a vir à luz o que, antes para ela estava oculto: o verdadeiro caráter de Jonas – o seu esposo –: aproveitador, ególatra, fanfarrão e boêmio..
Márcia estava na “idade da loba”, carente, cansada de experiências amorosas negativas e marcantes, desejosa de fugir da solidão. Ironicamente, se encontrava mais só do que antes, contando com um diferencial: agora, as lágrimas lhe faziam companhia.
Longas noites se passaram sem que o outro lado da cama fosse ocupado.
Jonas gastava o seu dinheiro, com suas companhias de orgia; estourava os seus cartões e por vezes passava dias sem chegar a casa.


Márcia que pensara está curada de um câncer que tratara anos atrás, voltou a sentir os mesmos sintomas. Agora era: Márcia, o câncer, a solidão e às muitas lágrimas. Foi definhando, sem parentes e/ou empregados. Afinal, ela não queria que todos quantos, lhe aconselharam a não se unir a Jonas, presenciassem a sua decadência. E, empregados, eram testemunhas de vista.. Seria de bom senso usar de descrição.
Jonas tinha verdadeira fobia de doenças e tratou de mudar para um apartamento, deixando Márcia entregue a própria sorte. Enfraquecida pela doença e depressiva, entregou-se ao sofrimento e logo perdeu o que lhe restava de forças.
A casa estava abandonada, não tinha quem lhe preparasse a comida, lhe medicasse ou mesmo lhe desse banho.
Diante do seu silêncio, a família inquietou-se e, resolveu visitá-la. Ao chegarem a sua casa, encontraram-na caída no chão, fraca, desfalecida. Imediatamente a hospitalizaram e meses após, Márcia veio a falecer. Jonas herdou-lhe a casa, pois, o carro ele já se apossara.
Diante de fatos tão cruéis, medito sobre as ações de tantos quantos, se assemelham ao deplorável caráter de Jonas. O que pensam obter com tais feitos? Somos feitos da mesma matéria e vulneráveis aos mesmos sofrimentos. Certo é que, não se constrói a própria felicidade, sobre a infelicidade alheia. Há uma lei natural para os naturais; e divina para o que crê: Tudo quanto semearmos colheremos; ninguém fugirá ou poderá mudar isso, é incontestável!
Mentes cauterizadas! Incapazes de amar, socorrer ou, mesmo meditar nas suas próprias ações. Pois, a cura para a degeneração de caráter, se encontra na autoanálise.
Lembro-me de um texto - autor desconhecido – que, nos traz uma analogia contextual, pertinente a esse contexto:


Certo ancião tinha a sua esposa acometida do mal de Parkinson e, estando a anciã com a mente debilitada, já não o reconhecia. Assim, internou-a em uma clínica especializada. A mesma tinha perdido toda a coordenação motora, porém, o que mais o entristecia, era quando em visita a mesma, vê-la com o olhar perdido... Mesmo, estando ele a sua frente. Queria ouvi-la chamar-lhe o nome, ao menos, isso.
Porém, já havia passado meses, e, não se apresentava nenhum progresso..o quadro se agravava mais e mais. Os enfermeiros e médicos admiravam-se com as obstinadas e demoradas visitas, daquele senhor a sua esposa. Todas as manhãs, ele chegava cedo para tomar café ao seu lado.. e, para contar-lhe as novidades...
Naquela dita manhã, ele demorou-se um pouco mais, conversando com o seu barbeiro, e , quando olhou para o relógio, percebeu que estava atrasado para o seu encontro diário com a sua esposa. De repente, saltou da cadeira e disse: “Vou chegar atrasado, para o café da manhã com a minha Cely..”
Disse o barbeiro: – Mas, por que a pontualidade, a pressa? Ela não sabe de nada...
Ele imediatamente respondeu: – Verdade.. Mas, eu sei!

EstherRogessi, Conto: A DESDITA DE MÁRCIA, 13/05/10
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EXERCITANDO O IMO






O MAIOR EXERCÍCIO DE DOMÍNIO PRÓPRIO SE EXECUTA NAS ACADEMIAS TEMPLÁRIAS DA VIDA, ONDE O OBJETIVO NÃO É SE LIVRAR DA GORDURA FÍSICA MAS, DA GORDURA ESPIRITUAL - ORGULHO -.



EstherRogessi,Frases e Pensamentos, categoria: Narrativa.10/05/10

quarta-feira, 12 de maio de 2010

SENTIR FLÂMEO







Qual prisão será o óbice desse sentir flâmeo...


Se nem a metamorfose causada por chronos o venceu?


A minh’alma exulta flâmea..!


No meu imo sentires eólicos... Ventos quentes,


compressão, preparação, para o desaguar, exteriorização, brotar...


Da pele e olhos... hidrorresultantes do sofrer meu.


Qual Fênix no ressurgir dos seus sentires,


ora cinzas; ora chamas... Assim, sou eu!


Qual prisão será o óbice desse sentir flâmeo?


Se o meu corpo é livre e tenho asas nos pés?


Se os meus estandartes, por toda parte, deixam à mostra a arte?


Como impedir esse fluir, qual será o óbice meu?


Por certo, nenhuma corrente, nenhum elo, pode calar o belo!


Na mais profunda escuridão, o seu fluir é claraboia... É solução!


Para essa fonte, não há óbice, o sofrer é alimento, ígneo é o sentimento...!






EstherRogessi,Prosa Poética: SENTIR FLÂMEO, Categoria: Poética, Imagem: Web, 11/05/10
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terça-feira, 11 de maio de 2010

COISAS DA VIDA



Sentei a sombra de uma frondosa árvore, o vento veio mansinho me acariciando o rosto. Fechei os meus olhos, levantei a cabeça.. convidando-o a permanecer, a alongar-se naquela carícia suave.
Ah! Como ele sabia fazê-la...


Os meus cabelos subiam e desciam num bailar.. como que, se fossem pipas soltas ao vento... E, nesse momento, docemente comecei a balançar a minha cabeça, para um lado e para o outro, fronte erguida, alma agradecida...
Ouvi o canto dos pássaros.. Eu sorvia a natureza! De repente... um pássaro voa baixinho, em minha direção. Fiquei estática. Prendi, até mesmo, a minha respiração. Ele veio dando pulinhos graciosos, até aos meus pés.. Só os meus olhos se moviam, eu não queria perder nada daquele momento gracioso e singelo. Foi assim, por momentos. Até que, um grupo de crianças se aproximaram, gritando, sorrindo, pulando, correndo.. O viço da vida em ação!


Observei um garotinho que, eufórico, sorria e falava muito alto, estando em cima das costas do seu pai, pendurado, com o seu corpinho esticado sobre elas.. O jovem pai segurando-o pelos braços, se fazia igualmente criança. O pequeno gargalhava de satisfação e falava alto: – Como você é forte pai! Vai até a jaqueira, vai pai!
E, o pai o satisfazia com alegria.


Lembrei do meu antigo vizinho de condomínio. O Sr. Elias, morador do primeiro andar. Vítima de paralisia, nos seus membros inferiores. Certa vez, chegando ao nosso prédio, presenciei algo que, ficou forte em mim. O Sr. Elias tinha chegado com o seu filho da terapia e, ao retirá-lo do carro, Kleber – o seu filho – , o carregou às costas, da mesma forma que, o pai daquela criança tinha feito.
Enquanto o Sr. Elias era levado pelo filho, às costas – pois, o elevador estava em manutenção – chorava e dizia: “Antes eu te carregava filho e hoje és tu que o fazes...


EstherRogessi, COISAS DA VIDA. 11/05/10.Categoria: Narrativa.
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segunda-feira, 10 de maio de 2010

AS MINHAS RAÍZES





Desfolhados, castigados pelo mau tempo,


do norte ao sul vieram ventos...


Estive vestido... Encontro-me nu!


Perdemos o viço mas, somos um!


Ó cara metade, entrelaça-me com vontade


...Em meio às tempestades, abalos e vendavais,


às nossas raízes expostas, à mostra.. Algo novo traz!




EstherRogessi, Versos Livres: Às Minhas Raízes,Imagem: Web,10/05/10
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domingo, 9 de maio de 2010

A DOR DA INGRATIDÃO









Aquela era uma das muitas visitas que eu costumava fazer a morada das velhinhas – a casa dita e tida, como que, de repouso -. Eu olhava cada uma delas e, podia sentir às suas ansiedades; os seus olhinhos brilhando em busca de encontrar aos seus filhos, entre os grupos de visitantes. Algumas, com sucesso, abraçavam seus familiares e se recolhiam a um cantinho para colocarem os assuntos em dia. Trêmulas, enrugadas, enfraquecidas e abandonadas...
Fiquei a meditar: no quanto se doaram durante suas vidas; em suas renúncias, em todos os sentidos, algumas, até mesmo, da própria comida, para livrarem aos filhos da dor da fome.


Pensar que, cada filho deve a sua existência a Deus e a quem Ele escolheu, para lhes gerar... Fato é que, muitas não si valorizaram como mães e, nem tampouco, ao filho. Porém, quantas mães ‘verdadeiras’, jamais se separaram dos seus filhos, ao invés disso, renunciaram a uma vida melhor por eles e, ao chegarem à idade em que mais precisam de afeto e aconchego familiar, se viram despojadas por esses filhos, de tudo quanto, construíram em vida.


Poderiam passar os seus últimos anos, convivendo com os netos. Pois, toda a dedicação prestada aos filhos no longo percurso de suas caminhadas, seriam enfim, compensadas.
Às desculpas que esses filhos costumam dar para se verem livres dos “pesados fardos” são às mais convincentes possíveis. E, vão desde o fato de não terem tempo para cuidar de suas mães, por trabalharem e não terem como deixá-las sós, até o curioso fato de estarem atendendo ao pedido da própria mãe que, assim decidiu.


Ora, como pode uma mãe que, quando com vigor, renunciou a tudo pelo filho, por estar sempre ao seu lado, resolver afastar-se dele para viver seus últimos dias na  na solidão? Casa de repouso não é hotel. E, o que se nos apresenta nos dias de visita, com certeza, pode ser outra realidade...


O que mais pode alegrar a uma pobre e velha mãe que, usufruir do lar, dos filhos e netos? Sabemos, porém, que na maioria das vezes são as noras, as esposas desses filhos, que costumam com um jeitinho ‘AntiDeus’, dobrar os seus esposos aos seus caprichos, dizem: “sua mãe estará convivendo com gente da mesma idade, vai ser ótimo pra ela.”


Gente da mesma idade! 
Todos sonolentos, ranzinzas, alguns briguentos, queixosos, chorões, doentes e outros que já morreram e, ninguém se apercebe, estando num cantinho isolados, clamando em seus espíritos pela hora de seus funerais, que será num caixão barato, pois, o salário deles, dirigido pela ‘casa de repouso’ não dará para nada melhor. Será que o seu filho e/ou filha comparecerá? Ou estarão dando tudo de si, aos seus pequenos e amados filhos?


Ouvi uma voz eufórica vinda de uma anciã que, corria para abraçar uma jovem senhora que, vinha em sua direção.
– ”Minha filha, minha filha! Você veio... Filha!
E, com tristeza, vi a jovem senhora abraçar outra anciã que, se encontrava próxima a velhinha eufórica... Fiz um sinal para uma irmã da igreja que, estava conosco nessa visita, e ela entendeu: caminhou para a velhinha e a abraçou, dizendo: – Estou aqui...! Estou aqui!
E as duas choraram juntas.




EstherRogessi,Crônica: A Dor da Ingratidão. Categoria: Narrativa. 09/05/10
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sexta-feira, 7 de maio de 2010

LUZ PRÓPRIA!





A maioria dos meus escritos são em verdades vividas e/ou presenciadas no meu dia a dia.
A ficção vai ao encontro quase sempre, do que presenciei ou vivi, quer como cidadã, pessoa eclesiástica, mãe, esposa e/ou amiga - muitas são às experiências, conversas e confissões de gabinete - , etc..
Creio, que todo escritor é antenado a tudo quanto, se passa ao seu redor ou derredor.
Daí os muitos casos e causos, fábulas surgidas do concreto; o surreal nascido do real e vice-versa.


Pessoas perdem o brilho, estrelas e astros se apagam.
São, tais quais, cometas: maravilhosos  rastros de luz, que nos incandescem, porém, logo passam.


Esses astros e estrelas, terrestres, por não terem 'luz própria'; por não se preocuparem em fazerem fluir a sua verdadeira essência - a lâmpada tem por essência: a luz e, essa, só faltará se faltar à energia. Porém, o sol e a lua tem luz própria, porque 'quem' lhes proveu é a própria LUZ- tem problemas com suas reservas..


Em suma: o ser humano pode ser lâmpada; o escritor deve e tem o compromisso de ter luz própria - simplesmente pela responsabilidade de escrever para edificar, ensinar, divertir, estruturar e jamais competir-.


O PC não é arena e nem os poetas-escritores, gladiadores.
Devemos escrever antes de tudo para satisfação própria e para o nosso bel prazer, sem que fiquemos presos a preocupação de sermos lido; de postarmos muitos textos; e, menos ainda à vaidade de vermos nas nossas páginas muitos comentários.


Em verdade, muitos dos que comentam, nem chegam a ler de fato, os textos comentados. Quando muito, passam uma vista, afinal, é só uma troca de favores.


O que lê, por prazer, medita.. e, tem como comentar de fato.
O que escreve por prazer e pensando antes de tudo em si,
tem a convicção de que, mesmo sem convites abusivos a sua página, é lido!
Os bons produtos estão nas prateleiras, nos supermercados da vida, nós, os consumidores é que iremos até eles.
Marketing é necessário, porém, mesmo a SKY quando sobrecarrega o espaço com comerciais, nos faz mudar de canal, mesmo que, esteja apresentando um bom filme!


O reconhecimento profissional depende tão só, de nós mesmos. Do nosso esforço, seriedade e dedicação. Se nos apresentarmos como soberbos e/ou gladiadores, perderemos a estima dos que antes nos admiravam. Como ler um escritor, que se mostrou contrário do que críamos? Do que esperávamos?
Não escrevamos o que o público deseja, mas, o que cremos e defendemos. Sejamos nós.
Que possamos passar verdades e transformar fábulas em mensagens deveras fabulosas.
Temos que manter a boa qualidade do produto, cuidar bem na escolha da matéria prima, a competição de mercado é grande e só há um nome que é infalível e eterno!


Lembro de algo que ouvi e que vem ao encontro do que, ora, estamos a tratar: Um certo pastor, abriu uma igreja em uma rua central, esperava por certo que, a casa lotasse.. Bem ao lado da igreja
havia um teatro. Passaram-se os dias, meses, e a quantidade dos que frequentavam a mesma era mínima.
O pastor, se posicionou à porta, recostou-se e ficou a contemplar a multidão frente ao teatro. Seu espírito inquietou-se.. Chegou alguém e começou a conversar com o pastor. Esse aproveitando o ensejo cuidou de inquirir a pessoa no que não deveria e, falou: – Explique-me.. qual a razão de muitos ansiarem em assistir a um espetáculo teatral e, nenhum interesse em ouvir a Palavra de Deus?




Respondeu-lhe o homem: – Quer mesmo saber?
“A diferença está no fato de que os atores fazem da mentira verdade.”


Há muitos que pregam a ‘Verdade’ porém, não a vive! Não convence!


Portanto: que nós escritores-poetas, possamos passar verdades mesmo que, em meio às fábulas!






EstherRogessi. Crônica: LUZ PRÓPRIA! Categoria: Narrativa.06/05/10
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EM MEIO AOS LOBOS



Após estacionar o carro em minha garagem, caminhei rumo ao espaço que tenho por meu.
Logo ao entrar ouvi o toque do telefone, uma ‘amiga’ - daquelas que fala até descarregar a pilha - insistia em alongar-se em uma conversa sem sentido. Permaneci muda. Só ouvindo, sequer, concordando ou discordando, tamanho o meu cansaço!


Comumente, não faz parte de o meu caráter ir de encontro a opiniões alheias. Há os que discutem, teimam e se agridem, tentando impor a outrens, suas ideias, convicções, quer religiosas, políticas, e/ou sobre áreas diversas. Detesto teimosia, imposições. Não costumo insistir em fazer-me ouvir e prevalecer à força. Duelar verbalmente ou através de escritos, não faz meu gênero, simplesmente por eu crer, que nada tenho para provar, competir. Sou o que sou; creio no que creio; meu caráter está formado, caminho em busca de aprimorá-lo. E, tudo quanto, ainda possa ser-lhe acrescido , tem que ter coerência com às minhas convicções atuais. Não sou como às ondas do mar - que vão e voltam - , mas, como o trigo em meio ao joio: durante as fortes ventanias, o trigo se dobra e vai ao chão, ao passo que, o joio fica ereto, se sobressai, não em altivez real, mas, em prepotência, arrogância, posicionamento peculiar aos loucos.
Às minhas convicções, são minhas. Costumo respeitar, mesmo não aceitando às do próximo. Se me questionam sobre o que creio, respondo, porém, jamais desejo ir de encontro, alongando-me em controvérsias.


A minha ‘amiga’ percebendo o meu silêncio, perguntou-me:
– Estás aí?
– Sim! Estou...
– Estás sentindo alguma coisa?
– Sim! Cansaço..Muito cansaço...!


Ora, cheguei a casa após um cansativo dia de trabalho: corpo exausto, alma exaurida, mente cansada. Quanta coisa vemos e passamos nessa vida! Um banho e, sorver do silêncio, um som baixinho, ambiente..era tudo quanto eu desejava. Queria deitar, uma massagem, relaxar; queria mãos que percorressem o meu corpo, para me aliviar da exaustão, e, olhos que me vissem com os olhos d’alma; que sentissem prazer em refrigerar-me o corpo, sem que ascendesse o apetite da carne; mãos que não me trabalhassem.., como faz o ‘bom cozinheiro’ preparando minuciosamente o prato, prestes a ser devorado.. Mas, que desejassem o meu bem-estar o meu descanso, a calma da minh’alma.


– Onde estavas? Aonde fostes?
– Passei o dia em meio aos lobos; em meio a hipocrisia; aos risos entre
dentes; às mãos que, alisavam os ombros, quando em verdade, desejava encravar-lhes as unhas; aos grunhidos d’alma; aos abraços - tais quais, exaustores -, desejosos de sugar a alma dos abraçados; aos faladores, fofoqueiros; aos que costumam colocar palavras nas nossas bocas...
– Deus! Onde você estava mulher? No inferno?
– Não! Os de lá..me são submissos! Eu estava onde muitos O louvam, porém, Ele está bem longe dos seus corações.. SOU PASTORA!




EstherRogessi,Conto: Em Meio aos Lobos!Categoria: Narrativa.06/05/10


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terça-feira, 4 de maio de 2010

O MOMENTO DE CEDER É O MOMENTO DE VENCER!



A caminho da casa de amigos, com os vidros do carro fechados e o ar-condicionado refrescando-me, do calor da noite, cheguei frente à entrada daquele túnel : estreitíssimo, precisava ser bom motorista, para não bater em suas laterais; lugar sombrio, onde marginais do bairro costumavam emboscar e, por vezes tirar a vida de alguns; escuro, tanto quanto, o inferno.. Acima, passavam os metrôs com destinos diversos, e , quando dentro desse túnel, soavam os seus barulhos infernais. O lugar era deserto, porém, eu não sentia medo algum, sempre “enxerguei uma ‘luz’ no fim do túnel”.


Adentrei-o! E, estando bem no meio dele – do túnel – outro carro entrou em disparada, ignorando o meu devido direito de terminar a trajetória, por mim iniciada.
O bom senso, educação, conhecimento das leis de trânsito, e, o reconhecimento dos limites e delimitações próprias, tanto quanto, do próximo, teria que surtir efeito naquele que, estava a guiar o veículo que, vinha de encontro ao meu, sem a mínima demonstração de ceder o espaço que me pertencia, no momento, ou mesmo, de evitar um choque!


O meu carro tinha película escura, ele não sabia quem estava ao volante, se homem ou mulher. Só uma coisa contava para ele naquele momento: usurpar o direito alheio!
Ele, o motorista, gritava toda sorte de maldições e impropérios.


Imediatamente, veio a minha mente, uma narrativa que eu ouvira há muito tempo, na igreja, na ‘Escola Dominical’: “Havia um tronco de uma velha árvore que tombara, e usaram-no para ligar duas faixas de terra, transformando-o em ponte. Era uma passagem perigosa, visto que, abaixo havia um abismo e, só podia passar por essa ponte improvisada, uma pessoa de cada vez. Aconteceu, porém, que, duas cabras vinham uma de encontro a outra. Pararam frente a frente... Sem que nada fizessem para resolver o impasse. Foi então, que a mais quebrantada, se abaixou para que, a altiva passasse por cima de suas costas e, seguisse sem olhar para trás.
A humilde, prosseguiu agradecida por se ter dobrado e por ter ‘sido ponte’ naquela ponte!


Bem! Eu não poderia seguir ao pé da letra o exemplo da ilustração que ouvira há tantos anos.. Poderia, no entanto, ceder! Dei marcha à ré, recuei..para que o inimigo passasse em gargalhadas, com ar de vencedor!


Fiz a visita aos amigos, falamos sobre o incidente, de volta a casa tomei o mesmo trajeto deparei-me, com uma multidão curiosa, em vê os destroços de um carro que batera indo de encontro ao poste... A rua estava fechada. Ambulância, polícia..
Deus! Era o mesmo carro que me acuara dentro do túnel!


Agradeci a Deus, pela luz que Ele me fez vê no fim do túnel.. Há vitórias que são passageiras...




EstherRogessi,CONTO: O Momento de Ceder é o Momento de Vencer!
04/05/10
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Quem sou eu

Minha foto
Baronesa da Gothia Rogessi de A. Mendes (EstherRogessi). Pernambucana, outorgada com Título Nobiliárquico - Alta Insígnia BARONESA DA GOTHIA da Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente, DAMA COMENDADORA da Real Ordem dos Cavaleiros e Damas Rei Ramiro de Leão. Comendadora pelo CONINTER ARTES.. Escritora UBE/SP; Embaixadora da Paz (FEBACLA); Artista plástica, Membro Correspondente de várias Academias de Letras e Artes Nacionais e Internacionais. Consulesa e Comendadora. Tem escritos publicados em Antologias e Revistas Virtuais, no Brasil e exterior. Publicou o seu primeiro livro solo, pela Editora Literarte intitulado "Conflitos de uma alma" Romance ISBN 978-8-5835200-8-5 EstherRogessi recebeu várias premiações nacionais e internacionais.